Foi presa nesta quarta-feira uma mulher suspeita de matar o marido com uma facada. A filha do casal, de 7 anos, presenciou o crime que ocorreu no distrito de Honório Bicalho, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os dois eram casados há oito anos.
Durante a manhã, M.A.F., de 45 anos, procurou a Polícia Militar (PM) e contou sobre o crime. Ela relatou que estava bebendo com o marido, Marcelo Adriano Silva, de 41, e quando ela retirou uma garrafa de bebida alcoólica de perto dele, o companheiro a xingou de “desgraça”. Ela ficou nervosa, foi à cozinha, pegou uma faca e golpeou o marido no braço.
Depois do ocorrido, M.A.F. foi dormir e o marido se deitou no sofá, permanecendo durante a noite. A suspeita disse à polícia que viu que o marido estava morto apenas no outro dia. Com isto, ela foi até a PM e relatou o ocorrido. Os militares estiveram no local e registraram a ocorrência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi acionado e constatou o óbito. A perícia também compareceu ao local.
A mulher foi levada para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, onde prestou depoimento em flagrante e vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil.
Segundo a delegada, a suspeita confessou o crime de forma tranquila, afirmando que só queria machucar o marido. “Ela fala que não teve intenção de matar. Mas a facada por si só e a omissão de socorro entende por crime doloso”, disse Karina Resende Oliveira Vorcaro. “Ela disse que não acredita que ele morreu”, contou a delegada.
De acordo com a delegada, a mulher não tinha passagens policiais, e também não tinha histórico de agressão supostamente sofrida pelo marido. Do contrário, Marcelo Adriano tinha passagem por furto e registrou uma ocorrência em 2016 após ter levado facadas da mulher. Foi instaurado um inquérito para investigar o caso, no entanto o processo foi arquivado por desinteresse da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, a filha do casal, que presenciou o crime, ficou sob a guarda de uma tia, irmã de sua mãe.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.