Tristeza no coração dos pais e outros familiares, emoção na saudade dos amigos e colegas de universidade e um mistério para a polícia: o que aconteceu com o estudante Christiano de Souza Oliveira? Desaparecido desde a quarta-feira, o jovem, de 20 anos, teve o corpo encontrado nessa sexta-feira, boiando na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte – o enterro será hoje, às 10h, em Coronel Fabriciano, na Região Leste de Minas, cidade onde vive a família. “Era um anjo...um anjo de 20 anos”, disse, com voz embargada, o pai do jovem, o motorista Christiano César de Oliveira.
Estudante de ciência da computação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Christiano morava havia três meses na capital, vindo de Coronel Fabriciano, que fica a 198 quilômetros de Belo Horizonte, especialmente para estudar. “Era um rapaz tranquilo, vivia para a família, os estudos e a igreja (Pentecostal Unida do Brasil). Tinha muitos amigos, mas não bebia, não tinha vícios”, contou o pai, que, às 17h, deixou o Instituto Médico-Legal (IML) em direção à cidade natal.
A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar. Segundo informações da Polícia Civil, que investiga o caso, o jovem estava desaparecido desde o dia 13. Após perícia no local em que foi encontrado, o corpo do rapaz foi encaminhado ao IML “Não sabemos a causa. A polícia vai apurar”, afirmou o motorista, que tem mais dois filhos. “Ele era o mais velho”.
Nas redes
Familiares e amigos do rapaz chegaram a divulgar o desaparecimento de Christiano em redes sociais. Conforme posts publicados no Instagram e no Facebook, o último contato do estudante com a família foi por volta das 20h20 da quarta-feira.
Um dos textos postados dizia: “Este jovem é o Christiano, desaparecido desde ontem (13/11/19). Foi visto pela última vez no Bairro Floramar (Região Norte), na Avenida Cristiano Machado perto do Sine (Sistema Nacional de Emprego), em BH. É estudante da UFMG, do curso ciências da computação. É um jovem de personalidade tranquila, tímido e não é característica dele desaparecer sem avisar. Sendo assim, peço que ajude a compartilhar até encontrarmos o Cristiano. Ele e os pais são amigos de minha família e membros da igreja que frequento”, dizia a mensagem.
Moradora de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, uma tia do estudante, Ariadne Souza, irmã do motorista, descreveu o sobrinho como um “rapaz ótimo”, mas se limitou a dizer que ele estava na capital há cerca de três meses para estudar. Mais cedo, disse que a família morava fora e ainda não tinha muitas informações. A morte será investigada pela 3º Delegacia de Polícia Civil Noroeste, em Belo Horizonte.