Belo-horizontinos e admiradores da obra do mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967) estão reunidos, na manhã desta terça-feira (19), para lembrar os 52 anos da morte ou “encantamento” do autor de Grande Sertão: Veredas, Sagarana e tantos outros livros que passam de geração a geração sem perder força, beleza e sedução. Na praça batizada com o nome do escritor natural de Cordisburgo, no Bairro Cidade Nova, na Região Nordeste da capital, autoridades civis e militares e convidados participam da sessão solene com início às 9h e homenagem a personalidades.
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Entenda a polêmica sobre a demolição do 'puxadinho' do Iate Tênis ClubeMetrô paga preço do tarifaço: 2,4 milhões de passageiros a menos em nove mesesAtingidos por barragens fecham linha férrea durante protesto por BrumadinhoBH homenageia Guimarães Rosa nos 55 anos de seu 'encantamento'Hospital da Baleia ofertará 2 mil exames para facilitar o diagnóstico precoce do câncer de próstataO troféu será entregue também à professora Ana Cláudia Santos, aos acadêmicos Toni Ramos Gonçalves e Arnaldo de Souza Ribeiro, ao médico Eugênio Marcos Andrade Goulart, ao deputado federal subtenente Gonzaga, ao deputado federal Patrus Ananias de Souza, ao coronel PM Gianfranco Caiafa, ao empresário Ronaldo Zanforlin, ao segundo- tenente Lúcio César Pires do Couto e à acadêmica Carmem Schneider Guimarães. A programação inclui uma homenagem do Colégio Tiradentes ao capitão-médico João Guimarães Rosa.
Patrono
João Guimarães Rosa foi instituído Príncipe-Patrono da Força Pública Mineira no artigo 7º do estatuto da instituição, que prevê que “a academia cultuará permanentemente” a memória do escritor realçando “sua carreira como Capitão-Médico” e “toda sua obra literária e humana”. Também diplomata, Guimarães Rosa morreu aos 59 anos em 19 de novembro de 1967, no Dia da Bandeira e três dias após tomar posse na Academia Brasileira de Letras.
Na espaço público próximo à Feira dos Produtores, há uma estátua do escritor feita pelo escultor Stamar de Azevedo Júnior, mais conhecido como Tazico, de Cordisburgo. Quem está acostumado a ver fotos do escritor de terno, principalmente quanto ao período em que foi diplomata, de vaqueiro, nas andanças pelo sertão mineiro ou com o fardão da Academia Brasileira de Letras (ABL), se surpreende, pois Rosa está fardado, como capitão-médico, pois em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, serviu como médico voluntário da Força Pública e, posteriormente, atuou como oficial médico no 9º Batalhão de Infantaria em Barbacena.
O escritor estudou no Colégio Arnaldo e medicina na antiga Universidade de Minas Gerais e se, traz uma espada, tem um livro nas mãos.