Uma força tarefa coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais culminou no resgate de 47 pit bulls em situação de maus tratos, que viviam em um sítio em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O quarto e último resgate foi realizado nessa quarta-feira. Na ocasião, 16 animais foram recolhidos.
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A promotora de Justiça Anelisa Cardoso ressaltou que foi um árduo trabalho de muitos meses envolvendo várias instituições, "mas agora esses animais poderão ter um futuro digno. O próximo passo do Ministério Público será a adoção de medidas criminais e cíveis contra o autor. Como eram muitos animais a serem resgatados, foi necessária uma ação meticulosamente preparada e envolvendo vários parceiros, como a UFMG, Anclivepa e as polícias civil e militar”, salientou a promotora.
Assim como os animais que foram resgatados nas três buscas realizadas anteriormente, os 16 animais passarão agora por rigorosa avaliação veterinária e processo de ressocialização para que possam ser adotados. Quem tiver interesse na adoção responsável deve preencher um formulário. "É urgente que surjam bons adotantes, eles precisam viver em lares acolhedores e responsáveis", salientou a professora Médica Veterinária da UFMG, Cristina Malm.
Até o momento, nove cães foram adotados, entre eles a Maya, que deve ter entre dois e três anos. “A Maya trouxe só alegria. Muito sociável e carinhosa, se deu super bem com meus outros cachorros. Ela adora um abraço e brincar de bolinha. Parece um filhote; está sempre correndo e brincando", declarou Luís Felipe, que recebeu Maya com muita alegria em sua nova casa em Lagoa Santa.
A adotante do Brayan informou que ele é muito educado e se adaptou muito bem com sua cadela Vitória e mais quatro gatos. "Você tem que ver a alegria dele quando saímos para passear! Eu o chamo de meu príncipe!", disse à adotante que é moradora de Contagem.
Entenda o caso
A primeira ação de resgate dos pit bulls foi em 11 de julho organizada pela 2ª Promotoria de Justiça de Sabará, com o apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa da Fauna (Cedef), do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) e da Central de Apoio Técnico (Ceat) do MPMG.
Após a primeira ação, o investigado compareceu ao MPMG, prestou declarações e assinou Termo de Ajustamento de Conduta preliminar por meio do qual se obrigou a adotar medidas emergenciais, sob a orientação de médico veterinário, para assegurar o bem-estar dos cães. Ele ainda se comprometeu a entregar os cães para adotantes indicados pelo Ministério Público. Contudo, o autor descumpriu as medidas acordadas e será processado por isso. A apuração dos fatos se deu através de procedimento Investigatório Criminal do MPMG, que teve início em 14 de novembro de 2018.
Dia 11 de julho três cães em estado mais grave foram encaminhados para atendimento veterinário e internados no Hospital Veterinário da UFMG.
A segunda etapa foi dia 16 de julho, quando foram resgatados e encaminhados outros 13 animais para um Hospital Veterinário.
Em 2 de agosto de 2019 foi realizada uma nova busca e apreensão de mais 13 animais no local, quando se constatou que a situação dos animais não havia mudado.
Em 16 de outubro de 2018, nova força tarefa foi empenhada ao local, mas não havia ninguém no sítio para permitir o acesso, sendo a última fase realizada então nesta quinta-feira.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira