Um vídeo que circula nas redes sociais levou a Vale a acionar a Agência Nacional de Mineração (ANM) para vistoriar a barragem B6, que fica na Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O reservatório, que fica próximo a estrutura que se rompeu em 25 de janeiro, armazena água. As análises feitas nesta quinta-feira não detectaram riscos de colapso. A Vale afirmou que não houve alteração na estabilidade da barragem.
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A Vale também se posicionou sobre o caso e afirmou que não houve alteração na estabilidade da barragem. “A umidade encontrada nos tapetes de grama é resultado de água das chuvas ocorridas nas últimas semanas. Já o material visto nas canaletas é residual do rompimento da B1 que ficou acumulado na face do talude da B6. Com as chuvas, as águas transportaram o rejeito até as canaletas, sem comprometer a estrutura da barragem”, finalizou.
Vítimas identificadas
A tragédia de Brumadinho vai completar 10 meses na próxima semana. O rompimento deixou 255 pessoas mortas. A última vítima identificada foi o funcionário terceirizado da Vale, João Marcos Ferreira da Silva, de 25 anos, que prestava serviço de ajudante no complexo de extração de minério de ferro no momento da ruptura. Ainda há 15 desaparecidos.