As investigações do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que deixou 256 mortos e 14 desaparecidos, ganharam mais um reforço. A Universitat Politécnica de Catalunya (UPC) foi contratada para, por meio do Centro Internacional de Métodos Numéricos en Ingenieria (CIMNE), para realizar estudos para determinar as causas da tragédia. Entre as análises estão os serviços de modelagem e simulação computacional.
De acordo com o MPF, a contratação foi feita graças a um acordo celebrado entre o órgão e a Vale. A mineradora vai arcar com os custos das atividades, consideradas “fundamentais para o término das investigações”. “As premissas básicas que orientaram a busca de instituições com expertise internacional para o desenvolvimento dos trabalhos foram a detenção de inquestionável capacidade técnica e a ausência de potencial conflito de interesse relacionado a organizações ligadas à Vale S/A, aspecto fundamental para a apreciação isenta a respeito das circunstâncias do evento sob investigação”, afirmou a força-tarefa.
Peritos do MPF e da Polícia Federal (PF) vão acompanhar os trabalhos. Além deles, consultores técnicos independentes também vão participar dos serviços.
O Estado de Minas entrou em contato com a Vale para falar sobre a contratação e ainda aguarda um posicionamento.
Tragédia completa 10 meses
Na última segunda-feira, o rompimento da Barragem de Brumadinho completou 10 meses. O Estado de Minas mostrou que o cenário de destruição provocados pela onda de rejeitos de mineração se transformou em um grande canteiro de obras.