A Cemig garantiu que a decoração de Natal da Praça da Liberdade, já tradição na capital mineira, será mantida este ano. Pela primeira vez, a estatal vai contar com uma rede de apoiadores para tirar do papel a o projeto de iluminação, que se tornou a principal atração do calendário natalino em Belo Horizonte.
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A concessionária não revelou o custo da decoração. De acordo com o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, a Cemig vai bancar 30% do valor e o restante ficará por conta dos demais parceiros.
“A Praça da Liberdade é uma referência para os belo-horizontinos, mineiros, turistas que vem aqui. Há 32 anos, tem essa iluminação e é muito importante que mantenham”, afirmou Souza e Silva, em coletiva de imprensa sobre a expectativa de vendas para o período natalino.
A inauguração deve ser mantida para 9 de dezembro, data inicialmente cogitada pela Cemig antes de circular a informação de que o projeto poderia ficar na gaveta pela primeira vez em 32 anos. Todos os anos, a decoração de Natal da Praça da Liberdade atrai milhares de visitantes.
A prefeitura de BH, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Guarda Municipal e a empresa Olimpo Segurança também dão suporte ao evento.
No ano passado, a inauguração das luzes coincidiu com a reabertura da Praça da Liberdade, que passou por revitalização. Sempre é realizado um concurso para a seleção do projeto de decoração. O último homenageou as músicas de Minas, pois o Iepha-MG reconheceu a viola como patrimônio cultural do estado, a partir de uma curadoria do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep).
Mais de 400 mil microlâmpadas de LED, mil lâmpadas estrobos, 1,5 mil metros de mangueiras luminosas e 78 projetores foram instalados. Uma cortina de microlâmpadas decorou o coreto e uma árvore de Natal com sete metros de altura foi construída na praça. A arquiteta Cristiana Rodrigues Claudio, de Nova Lima (MG), assinou o projeto “Linha de Luz”.
CRISE Com o estado em crise, a Cemig está no centro de plano para tirar o governo do vermelho. A privatização da Cemig é uma das exigências do governo federal para Minas entrar no programa de recuperação fiscal. O processo, no entanto, será bastante difícil e demorado, já que depende do aval de pelo menos 48 dos 77 deputados estaduais e ainda precisará passar por um referendo popular.