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Estado de Minas

Cruzeirense é multado por manter filhotes de raposa em cativeiro para dar sorte ao time

A raposa é a mascote do Cruzeiro, que vive uma situação difícil na série A do Brasileirão, com grande risco de cair para a série B. Morador de Mamonas, no Norte de Minas, foi multado em R$ 4,8 mil


04/12/2019 12:42 - atualizado 04/12/2019 18:22

Homem mantinha os filhotes em um galinheiro vazio(foto: Reprodução da internet/WhatsApp)
Homem mantinha os filhotes em um galinheiro vazio (foto: Reprodução da internet/WhatsApp)


Já que em campo está difícil, o jeito é apelar para a sorte. Foi o que fez um lavrador, de 30 anos, do município de Mamonas, no Norte de Minas, flagrado pela Polícia Militar de Meio Ambiente com três filhotes de raposa. O lavrador revelou para os policiais que é torcedor fanático do Cruzeiro e criava os filhotes por acreditar que isso daria sorte para a equipe celeste consiguir se livrar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. 

A raposa é a mascote do Cruzeiro, que vive uma situação difícil na série A do Brasileirão, com grande risco de cair para a série B. Para escapar do rebaixamento, o time celeste (17º colocado) precisa vencer os seus dois últimos jogos e ainda torcer para que o Ceará (16ª posição) não vença os suas duas partidas na competição. 

A ocorrência foi registrada na tarde de terça-feira. De acordo com a PM, o torcedor mantinha os animais no galinheiro do sítio da familia na localidade rural de Pau Preto, a 2 quilômetros da sede urbana de Mamonas. O galinheiro não tinha galinhas ou algum galo, mascote do Atlético, maior rival do Cruzeiro. 

O lavrador recebeu multa no valor total de R$ 4.877,10 (R$ 1.625,70 por filhote). Ele não ficou preso e foi  intimado a comparecer na delegacia de Polícia Civil de Espinosa (30 quilômetros de Mamonas), nesta quarta-feira, e responderá ao o processo em liberdade.  

Os filhotes de raposa foram levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovais (Ibama) em Montes Claros , na mesma região.  Dentro de algum tempo, os animais  serão levados de volta à natureza. 

O caso virou o principal assunto das rodas conversas em Mamonas, que tem 6, 5 mil habitantes, distante 687 quilômetros de Belo Horizonte, gerando discussão entre outros cruzeirenses.  É o caso da engenheira civil Debora Ellen Alves. Ela disse que não concorda com a atitude do lavrador de infrigir as leis ambientais, mas que ele demonstrou a forte paixão da torcida cruzeirense. “Realmente, a nossa torcida faz tudo para ajudar o nosso time, seja na vitória ou na derrota”, afirma Debora. Ela disse estar confiante de que o Cruzeiro vai escapar do rebaixamento.

Outra torcedora do Cruzeiro, a secretária escolar D. declarou que  não aprovou o ato do seu conterrâneo, despeitando as leis ambientais, e que também não acredita que o ato de criar filhotes de raposa possa dar sorte ao time. Porém, ressaltou a paixão do torcedor e a esperança dele de que o Cruzeiro possa permanecer na série A do Brasileirão. “Nós, cruzeirenses, acreditamos até a última hora”, afirmou a moradora de Mamonas.


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