A temporada de chuva 2018/2019 entra em seu período mais crítico e Minas Gerais, que já enfrenta mortes e prejuízos. Cinco pessoas perderam a vida e um sexto óbito está sendo investigado, em Belo Horizonte. A última vítima a entrar para a triste lista é Maria Regina de Deus, de 60 anos, arrastada pela enxurrada em Sete Lagoas, na Região Central do estado, quando estava em um carro de aplicativo. O corpo dela foi encontrado ontem. O condutor também morreu. Dados da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) mostram que quase 5 mil pessoas já tiveram prejuízos com os temporais e 10 cidades decretaram emergência. Moradores da cidade histórica de Diamantina contam os prejuízos depois de inundações e quedas de muros.
O carro de aplicativo onde estava a mulher foi arrastado pela enxurrada na Avenida Prefeito Alberto Moura, no Bairro Nova Cidade, na segunda-feira. Dentro do veículo, um Onix , estavam o motorista, Wagner Venâncio dos Santos, e Maria Regina. O corpo de Wagner foi encontrado no fim da manhã de terça-feira. Os militares começaram as buscas e, pouco antes das 22h de segunda-feira, encontraram o carro vazio. Ele estava parado com as rodas para cima na Rua Maria Estela de Souza, no Bairro Luxemburgo, a cerca de 600 metros do local do desaparecimento, segundo bombeiros de Sete Lagoas.
Como o Estado de Minas mostrou na edição de ontem, os moradores devem ficar em alerta neste último mês do ano, considerado o mais crítico do período chuvoso. Nos últimos anos, foi em dezembro que ocorreu a maioria dos óbitos ligados à chuva: 50 das 87 fatalidades registradas por esse motivo entre 2013 e 2018. É também nesta época que disparam os números de ocorrências e de pedidos de ajuda dos municípios à Defesa Civil Estadual, com 57% dos totais registrados na estação chuvosa dos mesmos anos.