A ação da Polícia Civil colocou fim a momentos de terror vividos por dois idosos, de 67 e 69 anos. Os dois foram sequestrados e levados para um cativeiro, onde foram amarradas e encapuzadas por criminosos. O bando já negociava o valor do resgate, quando acabaram descobertos por equipes de policiais da Região do Rio Doce e da delegacia Antisequestro do Departamento de Operações Especiais (Deoesp). Seis homens e uma mulher foram presos, e um adolescente detido.
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Com a prisão de parte do bando, as vítimas foram levadas para um outro cativeiro. Elas foram encontradas em Alpercarta, na Região do Rio Doce. No total, oito integrantes da quadrilha foram encontrados.
Risco de vida
Os idosos foram encontrados debilitados e até corriam risco de vida. “Eles foram muito maltratados. Estavam debilitados, amarrados, sujas. Foi uma crueldade imensa como trataram essas vítimas. Um médico, ao atender uma delas, disse que se não chegasse rapidamente poderia morrer. Temos mostra da crueldade e da maldade com que trataram eles”, comentou o delegado.
De acordo com Sandoli, as vítimas foram mantidas amarradas, encapuzadas em um cômodo fechado e sentados no chão. Não tinham acesso a banheiro limpo. “Faziam xixi nas roupas, não se alimentavam direito e tomavam pouca água. Estavam com os rostos cobertos, então, quase se asfixiaram”, disse Sandoli.
Quadrilha liderada por ciganos
As investigações apontaram que a quadrilha é liderada por um cigano da região onde a vítima tinha uma propriedade rural. Ele já conhecia a idosa por negociar terras na comunidade. “Já tinha conhecimento da capacidade econômica dela de pagar o valor de resgate que eles pediram”, contou o delegado.
Ao serem presos, os integrantes do bando negaram os crimes. Mas, segundo Sandoli, há elementos “razoáveis da convicção da participação ativa deles” no sequestro. As investigações apontaram que cada um deles tinha uma função, como cuidar do cativeiro, fazer a transferência dos reféns, negociar o resgate, entre outros. A Polícia Civil ainda busca mais suspeitos de participação no sequestro.