Mais um crime de discriminação racial foi registrado em Belo Horizonte. Desta vez, contra um taxista na Avenida Álvares Cabral, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul. Segundo o boletim de ocorrência, uma mulher afirmou a um taxista que não andava com negros. Segundo a Polícia Militar (PM), na delegacia a autora ainda chamou uma sargento de sapatão.
"Foi por volta de 14h. Vi a mulher acompanhada de um senhor com dificuldade para andar. Ela passou pelo ponto de táxi, olhou dentro de três e não entrou. Foi quando eu perguntei educadamente: 'você precisa de um táxi?'. E ela me respondeu: 'até preciso, mas não ando com negro'. Foi quando questionei e ela repetiu: 'eu não gosto de negro'", relatou o taxista.
O caso aconteceu na tarde desta quinta-feira. Segundo o registro policial, o taxista Luis Carlos Alves Fernandes, de 51 anos, estava parado na Avenida Álvares Cabral em frente a Justiça Federal quando avistou Natália Gomes, de 36.
"Foi por volta de 14h. Vi a mulher acompanhada de um senhor com dificuldade para andar. Ela passou pelo ponto de táxi, olhou dentro de três e não entrou. Foi quando eu perguntei educadamente: 'você precisa de um táxi?'. E ela me respondeu: 'até preciso, mas não ando com negro'. Foi quando questionei e ela repetiu: 'eu não gosto de negro'", relatou o taxista.
Neste momento, ele disse que ela estava sendo racista e a mulher o surpreendeu dizendo "eu sou racista".
De acordo com Luis, ele disse que chamaria a polícia e ela ainda cuspiu em seu pé. "Ela chegou entrar em um dos táxis. Mas nos impedimos de seguir. Todos ficaram muito revoltados, queriam agredi-la. Mas, a polícia chegou muito rápido", contou. "Até então, ela estava muito calma. Ela se exaltou ao chegar na delegacia onde precisou ser algemada", completou.
De acordo com Luis, ele disse que chamaria a polícia e ela ainda cuspiu em seu pé. "Ela chegou entrar em um dos táxis. Mas nos impedimos de seguir. Todos ficaram muito revoltados, queriam agredi-la. Mas, a polícia chegou muito rápido", contou. "Até então, ela estava muito calma. Ela se exaltou ao chegar na delegacia onde precisou ser algemada", completou.
Mesmo detida pelos militares, segundo o boletim de ocorrência, a mulher continuou exaltada. Segundo a PM, uma sargento pediu para ela se sentar na delegacia e como resposta foi chamada de “sapata”.
A vítima conta que a mulher foi muito arrogante e tinha certeza da impunidade. "Ela achou que iria dizer o que disse e sairia impune. Disse que o pai é delegado e repetia "você não sabe com quem está falando".
O advogado da mulher e a irmã da vítima não conversaram com a reportagem do Estado de Minas.
Até às 20h, o taxista e a mulher estavam sendo ouvidos na Central de Flagrantes. Ainda será definido se o crime caracteriza-se racismo ou injúria racial.
Até às 20h, o taxista e a mulher estavam sendo ouvidos na Central de Flagrantes. Ainda será definido se o crime caracteriza-se racismo ou injúria racial.