Perto das comemorações dos 300 anos de Minas Gerais, que terá programação em 2020, e às vésperas dos 122 anos de inauguração de Belo Horizonte, celebrados amanhã, bens culturais da capital e do interior do estado ganham projetos do governo estadual em parceria com a Cemig – patrocínio no valor de R$ 4,5 milhões – para proteção e preservação do patrimônio, incluindo edificações e acervos tombados, igrejas e outros tesouros existentes desde os tempos coloniais. De acordo com informações da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), à frente das ações, estão em pauta combate a incêndio e alarme contra intrusão (furtos e roubos), além de programação cultural e atividades educativas em museus.
Para as autoridades, trata-se de um divisor de águas na história do patrimônio mineiro, pois contempla 57 edificações de 28 municípios, no caso de alarmes contra intrusão, e nove museus com todos os equipamentos necessários contra incêndio, para evitar que obras de arte, documentos, mobiliários e outras preciosidades virem cinzas, a exemplo do que ocorreu no Museu Nacional, do Rio de Janeiro, há pouco mais de um ano. Entre os patrimônios beneficiados contra furto e roubo, está o tricentenário Mosteiro de Nossas Senhora da Conceição de Macaúbas, na zona rural de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, considerada uma das construções do século 18 mais importantes do interior do país. Já o Arquivo Público Mineiro, no Circuito Liberdade, na capital, terá ações específicas para garantir o acervo que conta a história das Gerais.
Leia Mais
Após tragédias, multas ambientais batem recordes em MG. Veja valores milionáriosNão é só carrossel: confira imagens de outras atrações de Natal na Prefeitura de BHSanta Luzia festeja a padroeira e espera atrair 50 mil fiéis de sexta a domingoBandidos armados tentam roubar agência dos Correios em RapososVazamento de gás provoca incêndio em restaurante em Belo HorizontePolícia prende líder de organização que pode ter furtado mais de 300 carros na Grande BHIncêndio atinge padaria no Centro de BHBombeiros combatem incêndio em casa noturna de BH Com doença grave, professora da UFMG aciona Justiça para rever aposentadoria de um salário mínimoBatida entre moto e carreta deixa feridos na BR-040O secretário afirmou ainda que os recursos vão permitir que igrejas, museus, bibliotecas, arquivos, entre outros espaços culturais em Minas, tenham manutenção, melhorias e conservação de suas estruturas, sendo protegidos contra furtos e incêndios e com sistemas apropriados para cada edificação. “Temos certeza de que o investimento é primordial para a preservação da cultura, da identidade e da história de Minas, que são nosso maior patrimônio”.
RECURSOS Conforme a Secult, o montante será destinado a três diferentes iniciativas. O programa Minas Patrimônio Cultural, do Iepha-MG, receberá o valor de R$ 2,9 milhões, que será dividido entre dois projetos: um de instalação de sistema de alarmes e monitoramento contra intrusão em edificações de âmbito municipal, estadual e federal, com prioridade para aquelas que abrigam acervo como igrejas e museus; e outro de implementação de sistema de prevenção e combate a incêndio em equipamentos sob a gestão direta do governo estadual.
A Diretoria de Museus da Secult, por sua vez, receberá investimento de R$ 705 mil para executar o projeto Programação Cultural dos Museus Estaduais, que vai promover ações culturais nas sete instituições museológicas do estado, fortalecendo e dinamizando atividades ofertadas. Os coordenadores das ações explicam que “a proposta é fazer exposições temporárias com exploração do acervo dos museus e suas possíveis conexões; ações educativas e oficinas de acordo com a programação e seminários e palestras sobre os temas das exposições e eventos culturais”. E mais: O projeto prevê a realização do Encontro Estadual de Museus, com a participação das 420 instituições do Sistema Estadual de Museus, coordenado pela Diretoria de Museus da Secult.
O terceiro projeto é do Arquivo Público Mineiro (APM). Com o nome de Revitalização do Arquivo Público Mineiro: segurança e preservação do conjunto arquitetônico e do patrimônio documental, ele vai receber da Cemig o aporte de R$832,2 mil. O objetivo é melhorar a infraestrutura das áreas de guarda e tratamento técnico do acervo e a requalificação das áreas de atendimento ao público externo.
Entre os serviços, estão pintura interna das paredes, recuperação de janelas e portas, tratamento de infiltrações, troca e revitalização de pisos, instalação de cabeamento de rede e de sistema de automação e conclusão de instalação do sistema de proteção contra descargas atmosféricas. Após a reunião de ontem e patrocínio da Cemig, a Diretoria de Museus e respectivas associações, o Iepha-MG e o APM já podem tomar as providências, com conduzir aditamentos, para contratações dos serviços.
De acordo com o diretor de Comunicação e Sustentabilidade da Cemig, Marco Antônio Lage, a companhia está em processo de reestruturação de sua política cultural e o recurso anunciado para a preservação do patrimônio histórico mineiro representa os novos rumos das prioridades de investimentos. “Estamos desenhando esta nova política exatamente para que os recursos – que giram em torno de R$25 milhões por ano – possam ser investidos de maneira responsável e estruturante, para que possamos olhar para trás e ver o impacto positivo gerado na sociedade.”
Articulação
A presidente do Iepha, Michele Arroyo, informou que a Casa do Patrimônio, que ocupará o chamado Prédio Verde, na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de BH, deverá ser aberta em agosto – no local, funcionará também a sede da instituição. Entusiasmada com o investimento, ela acredita se trata de uma oportunidade única de articulação entre as instituições a fim de assegurar a conservação dos equipamentos e acervos, bem como realizar atividades educativas de promoção, uso e fruição desses espaços culturais.
“São projetos muito importantes, que visam garantir os sistemas de prevenção de incêndio devidamente aprovados pelo Corpo de Bombeiros, os sistemas de alarme para prevenção de intrusão e roubos e também o envolvimento da comunidade local onde cada espaço cultural se situa, para que todos tenham um olhar diferente sobre o seu patrimônio, contribuindo para sua conservação e zelo”, explicou a dirigente do Iepha. O evento contou com a participação do artista Pereira da Viola, que usa em suas apresentações o instrumento de 10 cordas que é considerado patrimônio cultural imaterial de Minas.
Durante o período natalino (até 6 de janeiro), quem visitar a Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para ver a iluminação especial, terá um conforto a mais. De acordo com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), responsável pelo tombamento do espaço público, o prédio Rainha da Sucata estará aberto com dois banheiros públicos (feminino e masculino), oferecendo cinco cabines cada um. “Haverá também os banheiros químicos na praça”, informa a presidente do instituto, Michele Arroyo, explicando que a iniciativa faz parte de entendimento entre a MRV, que adota a Praça da Liberdade, e o governo do estado.
Banheiros públicos
Durante o período natalino (até 6 de janeiro), quem visitar a Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para ver a iluminação especial, terá um conforto a mais. De acordo com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), responsável pelo tombamento do espaço público, o prédio Rainha da Sucata estará aberto com dois banheiros públicos (feminino e masculino), oferecendo cinco cabines cada um. “Haverá também os banheiros químicos na praça”, informa a presidente do instituto, Michele Arroyo, explicando que a iniciativa faz parte de entendimento entre a MRV, que adota a Praça da Liberdade, e o governo do estado.