O médico ginecologista Edilei Rosa de Novaes, de 74 anos, voltou para a prisão nesta segunda-feira. Ele foi encontrado em casa por policiais civis durante o cumprimento de mandado de prisão preventiva. Já foram feitas 20 denúncias de mulheres por abusos sexuais praticados pelo profissional de saúde. Segundo a delegada Juliana Califf, responsável pelas investigações, as vítimas têm entre 16 e 60 anos.
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Polícia Civil prende ginecologista denunciado por abusos sexuais por 20 mulheresChega a 11 o número de vítimas de importunação sexual por ginecologistaGinecologista preso em BH é denunciado por cinco mulheres por importunação sexual Ginecologista preso em BH é indiciado por importunação sexual Ministério Público denuncia ginecologista por abusar de pacientes em BHPolícia investiga pastor de BH acusado de importunação sexual Justiça concede soltura ao ginecologista denunciado por abusos sexuaisSegundo Juliana Califf, as vítimas têm entre 16 e 60 anos. Algumas delas, alegam terem sido abusadas há um tempo. A delegada ressalta que mesmo as pessoas que sofreram os crimes no passado devem procurar a delegacia. “Importante que procure a Polícia Civil para que a gente analise cada caso e ver o que está prescrito, e o que não está”, comentou.
Nesta segunda-feira, os policiais cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão em alguns endereços do médico. Ele acabou encontrado em casa e não reagiu a prisão. Em um escritório, foram apreendidos equipamentos eletrônicos, como computadores e celulares. Ele vai responder por importunação sexual, violação sexual mediante fraude, e assédio sexual.
Os casos
As denúncias contra Edilei Rosa vieram à tona na última quarta-feira, quando ele estava de plantão no pronto-atendimento. Por volta das 16h, atendeu uma jovem que havia colocado DIU intrauterino há poucos dias e estava sentindo muita dor. Durante os exames, ele teria assediado e tentado beijar a paciente. O namorado dela a aguardava na sala de espera. Após ouvir o relato da moça, tentou tirar satisfações com o médico e depois acionou a polícia.
Segundo a jovem, enfermeiras teriam relatado à polícia que outros casos já teriam acontecido, inclusive com funcionárias. Algumas delas diziam que o apelido do médico dentro do hospital era "João de Deus", em referência ao médium preso suspeito de abordar de várias mulheres durante atendimentos espirituais em Abadiânia, interior de Goiás.