Uma mulher, de 41 anos, foi presa em Bocaiuva, no Norte de Minas, pela suspeita de lesar 60 famílias, com a promessa de legalização fundiária rural e urbana e de seus terrenos. Segundo o delegado de Bocaiuva, Leonardo Santos Diniz, a mulher se passava por presidente de uma entidade - do Instituto Grande Sertão Veredas -, mas usava o CPNJ de uma igreja evangélica de Montes Claros.
Após o recebimento de denúncias feitas pelas vítimas, a Polícia Civil passou a monitorar a suspeita de estelionato. Ela abriu escritórios na sede urbana de Bocaiuva e também no distrito de Engenheiro Dolabella, onde está localizado o assentamento de reforma agrária Hebert de Souza – Betinho.
Segundo Leonardo Diniz, sob o argumento que os terrenos seriam legalizados com base na Lei da Regularização Fundiária Urbana (Reurb), a suspeita cobrava em torno de R$ 2 mil de cada família. “Mas, ela sempre criava embaraços e alegava que faltavam documentos. Constatamos que ela não deu entrada em nenhum procedimento nos cartórios e as pessoas começaram a nos procurar” , relatou Diniz, lembrando que a mulher já era investigada por golpes anteriores e que também tinha um mandado de prisão preventiva decretada em processo conduzido pelo Ministério Público Estadual (MPM).
O delegado informou que a suspeita de estelionato também deixou de pagar hotéis, restaurantes e motoristas de aplicativo na região. “Por onde passou, ela foi deixando um rastro de pessoas com prejuízos econômicos e financeiros”, afirmou Diniz. Ele solicita que outras vítimas da suspeita procurem a polícia para formalizar denúncias.