Uma esteticista e uma empresária foram presas em flagrante pela Polícia Civil. A dupla é acusada de aplicar silicone industrial em mulheres que agendaram o procedimento em um grupo de aplicativo de mensagens denominado “Filhas do bumbum”. As suspeitas teriam feito, pelo menos, 100 vítimas, entre paulistas, cariocas e até estrangeiras.
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Clínica onde mulher morreu durante cirurgia de redução de mama é interditada Polícia Civil instaura inquérito para investigar morte misteriosa de adolescente Justiça mantém prisão de uma das 'Mães do Bumbum' Justiça concede liberdade para uma das 'Mães do bumbum' 'Mães do bumbum' expõem riscos da beleza a qualquer custo. Saiba como se protegerOs levantamentos apontam que Dayse era a responsável pelo agendamento dos procedimentos pelo aplicativo, enquanto Amanda, que é do Rio de Janeiro, ia uma vez por mês a Contagem para realizar a aplicação do silicone industrial — produto utilizado na limpeza de carros, na impermeabilização de azulejos e na vedação de vidros.
Segundo o delegado Rodrigo Bustamante, chefe do 2º Departamento de Polícia Civil Regional em Contagem, o produto era acondicionado em embalagens com rótulos de uma substância conhecida como hidrogel, que teve o registro suspenso em 2014 pela Anvisa. “No entanto, em exames no Instituto de Criminalística, foi comprovado de que se tratava de silicone industrial”, explica Bustamante.
Também segundo o delegado, Amanda cobrava cerca de R$ 4 mil por cada aplicação, enquanto Dayse recebia 10% desse valor.
O Delegado Regional em Contagem, Luciano Guimarães, também à frente das investigações, disse que no local foram apreendidos materiais cirúrgicos, seringas, ampolas, anestésicos e diversos antibióticos. “Um verdadeiro centro cirúrgico foi montado para a realização desse procedimento estético”, informou.
* A estagiária está sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.