Jornal Estado de Minas

Autoridades fazem operação contra flanelinhas na Praça da Liberdade; EM flagra abordagem abusiva

Flanelinha aborda família na Rua Santa Rita Durão: nenhuma autoridade fiscalizava o local, apesar da operação (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

 

As luzes de Natal que iluminam a Praça da Liberdade não atraem só visitantes em busca do espírito da festa de fim de ano. Os flanelinhas também se enchem de ânimo com a oportunidade para extorquir os motoristas que frequentam o cartão-postal de Belo Horizonte.




Neste sábado (21), diversas autoridades de segurança pública fazem uma operação contra a atividade ilícita no local. Os esforços reúnem oficiais da Guarda Municipal e das polícias Militar e Civil, essa última por meio da Patrulha Metropolitana Unificada de Apoio (Puma).


“A prefeitura detectou uma alta demanda aqui na praça desde a instalação das luzes”, ressalta o subinspetor Sidney Carolino, da Guarda Municipal.


Ele explica que esse aumento das demandas aconteceu graças ao PBH App, que permite o cidadão denunciar o crime em tempo real, inclusive com a localização exata do fato. “A prefeitura criou um aplicativo que o próprio munícipe faz a fiscalização. A operação já existe, só que a situação do Natal nos força a deslocar um maior número de guardas”, afirma.




Até por volta das 20h30, o balanço da Guarda Municipal apontava sete sanções contra flanelinhas. Em alguns casos, a licença de lavador de carros estava vencida, o que gera uma multa de aproximadamente R$ 2 mil.


Houve, também, casos de profissionais que atuavam sem qualquer licença, o que também gera a multa.


Flagrante

 

 


Quando a reportagem deixava a Praça da Liberdade, flagrou um flanelinha atuando na Rua Santa Rita Durão, nos arredores do ponto turístico. Ele abordava uma família que acabava de estacionar um Fiat Uno no local.


Na mesma rua, outro flanelinha também atuava normalmente. Contudo, nenhuma autoridade estava presente.


“Ele já veio com uma abordagem intimidatória, pedindo R$ 20. Eu falei com ele que na volta eu pagava, mas ele disse que não. Então, eu disse que só estava com o cartão. Aí ele disse: 'então vamos lá no banco, que aí você já saca o dinheiro'. Minha esposa foi disse que pagaria na volta, mas novamente ele nos destratou, dizendo que não estava falando com ela”, conta o promotor de vendas Paulo Henrique Gonçalves, de 34 anos, proprietário do Fiat Uno.


No meio da discussão, a reportagem informou um dos ocupantes do veículo sobre a operação das autoridades. Assim, a Guarda Municipal foi acionada e conduziu os dois flanelinhas que transitavam pela Santa Rita Durão.