O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio da 5ª Câmara Criminal de Belo Horizonte, mandou soltar os três detidos sob a suspeita de tráfico de drogas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Segundo o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, as provas usadas pela Justiça para condenar Vinícius Haper Figueira, Matheus Lopes e Philipe Augusto da Silva eram de natureza “maculada”, isto é, sem validade. Por isso, eles foram soltos nessa sexta-feira (20).
Eles estavam detidos desde maio, quando a Polícia Civil realizou operação na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), localizada no campus Pampulha da universidade.
As penas de Vinícius e Philipe chegavam a 19 anos e 10 meses de prisão. Matheus Lopes, outro preso pela corporação na ocasião, havia sido condenado a 15 anos e dois meses de reclusão.
Em seu recurso, a defesa alegou que havia “omissões e contradições” nas provas. Os advogados argumentaram que as provas colhidas no celular de um dos corréus não eram legais, o que resultou na soltura dos três suspeitos.
“Finalmente, a gente viu o devido processo legal ocorrer de fato. Graças a Deus, a legalidade foi cumprida. Sou advogada do Matheus (Lopes), mas consegui soltar todo mundo”, afirmou a advogada Tamita Rodrigues Tavares, responsável pelo recurso que resultou na soltura dos envolvidos.