O destino dos mais de 7 milhões de metros cúbicos (m3) de rejeitos de minério de ferro despejados na Bacia do Rio Paraopeba após o rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, será mesmo a cava da referida lavra, como antecipou a reportagem do Estado de Minas desta quinta-feira. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) liberou nesta sexta-feira a autorização.
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Cava de mina é opção para reacomodar rejeitos lançados em ribeirão no desastre de BrumadinhoMilagre da vida: o Natal de quem escapou por pouco da morte em BrumadinhoSemad vê uso de cava de mina em Brumadinho como positivaÚltima barragem a ameaçar buscas dos bombeiros em Brumadinho é estabilizadaRetirada de rejeito em Brumadinho começa de imediato. Permissão favorece bombeirosAtualmente, os rejeitos removidos do vale do manancial atingido precisam primeiramente ser vistoriados e liberados pelas equipes de bombeiros que ainda realizam as buscas pelos 13 corpos de desaparecidos de um total de 270 vítimas do rompimento. Em seguida, são transportados por uma estrada de terra de 3,6 quilômetros que foi criada a partir da antiga estrada de ferro operada no complexo.
O destino dos rejeitos é um drama que já representa mais de 4 anos de atrasos e até hoje não tem uma solução adequada depois de ocorrido o rompimento da Barragem do Fundão, em novembro de 2015, em Mariana. Até hoje não há exatamente um destino para os cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro que vazaram após o rompimento e inundaram o Vale do Rio Doce.
Em nota, a Vale informou que a mudança vai facilitará o trabalho de buscas dos bombeiros em áreas ainda não vistoriadas. "O uso do local é a solução definitiva e mais segura para acomodar o rejeito, uma vez que a cava é uma escavação realizada em rocha resistente, controlada e monitorada em termos ambientais, geotécnicos e operacionais", informou a empresa. "Além disso, a cava tem capacidade para receber o volume de rejeito que precisa ser armazenado. O transporte do rejeito até a local será realizado por caminhões, utilizando exclusivamente vias internas do complexo da Vale".