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Estado de Minas

Com custo de até R$ 1600, virada promovida em Inhotim é alvo de revolta: 'coxinhas no prato de plástico'

Participantes da festa MECANewYear foram às redes sociais criticar sobretudo o buffet do evento, que prometeu o melhor da gastronomia da mineira, mas teria deixado os convidados com fome


postado em 02/01/2020 18:31 / atualizado em 03/01/2020 14:42

(foto: Reprodução/ Internet )
(foto: Reprodução/ Internet )

Virar o ano no maior museu a céu aberto do mundo, ao som de artistas como Marina Lima e Marcos Valle, com direito a open food com o melhor da gastronomia mineira e drinks à vontade. A proposta é da festa de Ano Novo MECANewYear, promovida no Instituto Inhotim, em Brumadinho, de 28 de dezembro às 6h de 1° de janeiro. O preço da experiência não é exatamente o que se pode chamar de popular. O segundo lote de ingressos - que dava acesso apenas à noite de Réveillon - foi vendido a R$ 1600. Outras modalidades de passaportes puderam ser adquiridos por valores que variaram entre R$ 96 e 800 reais.

Pouco mais de 24 horas após o evento, parte do público não parece satisfeita com o investimento - ao menos é o que sugerem desabafos postados nas redes sociais. O alvo das reclamações é, sobretudo, a comida servida na celebração, que teria sido insuficiente e aquém da qualidade prometida.

Publicado no Facebook, um dos relatos mais populares afirma que o menu da noite da virada ofereceu “pães de queijo velhos”, coxinhas servidas em prato de plástico e macarrão que decepcionou pela simplicidade. “Detalhe: sem queijo. Imaginem um bandejão. O evento começou às 20h e chegamos 21h, tinha uma fila de quase 100 pessoas. Quero esclarecer que paguei R$ 800 reais com a taxa para três dias. O pior foi quem pagou R$ 800 no último lote só para a noite do Réveillon”, diz a publicação.

(foto: Facebook/ Reprodução)
(foto: Facebook/ Reprodução)


O engenheiro Daniel Alvim, de 33 anos, desembolsou R$ 1500 por dois passaportes - um para ele e outro para a namorada, com transporte incluso. Indignado, ele classificou a festa como “um compilado de trapalhadas”. “É engraçado que, pouco antes do evento, quando as pessoas começaram a perguntar pelo cardápio nas redes sociais, eles chegaram a nos dizer que não divulgariam, mas que, quem fosse, não iria se arrepender. Sei que voltei decepcionado com o menu e também com as bebidas. Às 23:30, já não havia mais drinks disponíveis. Cerveja, até tinha, mas estava quente, pois o gelo acabou rápido. Tinha tudo para ser uma festa espetacular, mas a organização, infelizmente, deixou a desejar”, avaliou o jovem em entrevista ao Estado de Minas.

O analista de comércio exterior, Vítor Souza, de 27 anos, diz que estuda acionar o Juizado Especial para reaver o valor que pagou pelas entradas - R$ 750 pelo passaporte de três dias. “Saí da festa às 2 da manhã com fome, embora eles tivessem anunciado open food de 22h às 5 da manhã. Eu e meus amigos - alguns deles vieram do Rio de Janeiro para celebrar o Réveillon comigo - saímos de lá com fome. Minha irmã, que é advogada, está me orientando sobre como proceder nesse caso. A organização não entregou o que prometeu”, afirma.

Meca admite falha

Procurada pela reportagem, a Meca, responsável pela festa de Réveillon realizada no Instituto Inhotim, pediu desculpas pelas intermitências de operação de bar e ceia ocorridas no evento. “Estamos mapeando todas as falhas e aprendizados na operação do evento para que seja sempre garantido um serviço de qualidade para o nosso público, para o qual realizamos festivais com muito carinho há 10 anos”, disse a empresa por meio de nota.

O comunicado ressaltou ainda que os organizadores contrataram fornecedores com grande experiência no mercado, a fim de garantir o sucesso da festa, mas eles teriam sido “surpreendidos pelas projeções e se esforçaram para corrigir todos os problemas”. “Certamente, todos também levarão para o futuro esses aprendizados”, diz o texto.



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