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Estado de Minas

Transbordamento do córrego Vilarinho deixa vários estragos na região de Venda Nova

A manhã de sábado foi de muito trabalho para funcionários da PBH, que realizaram a limpeza da Avenida Vilarinho. Pela segunda vez na semana, enchente invadiu um prédio e uma escola na região


04/01/2020 10:57 - atualizado 04/01/2020 17:13

Funcionários da PBH fazem limpeza na Avenida Vilarinho
Funcionários da PBH fazem limpeza na Avenida Vilarinho (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Funcionários da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) trabalham na limpeza do barro deixado pelo temporal no entorno da Avenida Vilarinho, em Venda Nova, na manhã deste sábado. Ontem, o córrego Vilarinho transbordou e inundou diversas ruas do bairro.



Um muro caiu na noite de ontem e atingiu um dos prédios do condomínio que fica na Rua das Amoreiras, número 71. Os moradores passaram momentos de terror ao ver o muro do galpão ceder e a água invadir o prédio. A água subiu em até dois metros de altura e invadiu os dois primeiros andares do prédio.

Água provocou prejuízos em um condomínio que fica na Rua das Amoreiras
Água provocou prejuízos em um condomínio que fica na Rua das Amoreiras (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

"Ontem, por volta das 20h30, a enchente entrou pelo prédio e, por volta das 21h, o muro cedeu. Foi um barulho muito alto e a água entrou como uma onda forte", contou a analista de planejamento, Jucileia Romeiro, de 48 anos, que mora há quatro anos no condomínio. Ela disse que teve quem perdeu tudo: "o que deu pra salvar, móveis, eletrodomésticos, estão espalhados pelos corredores do prédio."

Muro do galpão cedeu e a água invadiu o prédio, chegando a atingir dois metros de altura
Muro do galpão cedeu e a água invadiu o prédio, chegando a atingir dois metros de altura (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

Moradores contam que o problema é recorrente e que no dia 1º deste ano foi de muito trabalho para limpar resquícios do temporal da virada do ano. "É a segunda vez só esta semana que a água invade o prédio. É difícil de colocar a cabeça para dormir no travesseiro quando começa a chuva. O risco se torna constante", lamentou Jucileia.

 

De acordo com a Defesa Civil de Belo Horizonte, uma equipe esteve no local e isolou a área afetada com a queda de parte das paredes dos galpões vizinhos ao condomínio. Além disso, houve alagamento de dois apartamentos que fazem parte do conjunto habitacional. 


Em 2018, o muro que faz divisa com o condomínio também rompeu. "Agora, mais uma chuva como a de ontem, o prédio todo será comprometido", acrescentou. Moradores aguardam a ida da Defesa Civil de Belo Horizonte para esclarecer o que será feito e se o edifício será isolado.

 

Outro muro caiu durante a chuva no Bairro São João Batista, também na região de Venda Nova.O muro que divide os prédios, na Praça Enfermeira Geralda Marra, caiu ontem por volta das 21h30
Outro muro caiu durante a chuva no Bairro São João Batista, também na região de Venda Nova.O muro que divide os prédios, na Praça Enfermeira Geralda Marra, caiu ontem por volta das 21h30 (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)


Escola Municipal Francisco Magalhães Gomes também foi inundada na noite de ontem
Escola Municipal Francisco Magalhães Gomes também foi inundada na noite de ontem (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

 

Uma equipe da Defesa Civil de Belo Horizonte também esteve na praça Enfermeira Geralda Marra, Bairro São João Batista, também na região de Venda Nova, onde um muro desabou. Segundo a vistoria, a estrutura do prédio não foi afetada. Os moradores foram notificados a manter o isolamento preventivo da área afetada, até que as obras possam ser concluídas.  


A Escola Municipal Francisco Magalhães Gomes, também em Venda Nova, foi inundada na noite ontem. Nesta manhã, funcionários da escola e da PBH fazem a limpeza do local. A água já havia tomado conta da escola durante a chuva do dia 1º de janeiro.

Funcionários da escola fazem a limpeza no refeitório
Funcionários da escola fazem a limpeza no refeitório (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

"Tinhamos terminado de limpar tudo ontem, mas a chuva voltou a nos surpreender e hoje estamos aqui de novo", disse a vice-diretora, Zuleica Rodrigues. Segundo ela, a escola já vem se preparando para os temporais de janeiro visando minimizar os prejuízos. "Já faz alguns anos que nós subimos com todo o material para a parte mais alta da escola. Mas, voltamos a perder livros, caixa de som, uniformes, carteiras", acrescentou. Duas salas de aula foram atingidas. Cerca de 800 alunos estudam na escola.

Em uma das salas de aula a água chegou a quase um metro
Em uma das salas de aula a água chegou a quase um metro (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

 

ACUMULADO DE CHUVA EM JANEIRO (mm) até 16h40 de sábado (4):    

    

Barreiro - 127,4 (39%)

Centro Sul - 197,4 (60%)

Leste - 176,6 (54%)

Nordeste - 153,0 (46%)

Noroeste - 183,6 (56%)

Norte - 108,8 (33%)

Oeste - 188,6 (57%)

Pampulha - 200,2 (61%)

Venda Nova - 217,2 (66%) 


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