As chuvas de janeiro chegaram e dezenas de cidades mineiras já estão em estado de emergência por causa das cheias que atingem o estado. De acordo com boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec), 20 municípios espalhados por seis regiões passam por dificuldades pela junção entre a falta de estrutura e a grande quantidade de precipitação.
De todas essas cidades, apenas uma está na Grande BH: o município de Ibirité, onde Gislei Andrade de Oliveira, de 37 anos, perdeu a vida no dia 12 de dezembro ao ser arrastado por uma enchente. Ele estava em cima de um carro, mas se desequilibrou e foi levado pelas águas.
A região com maior número de cidades em situação de emergência é o Vale do Rio Doce. São sete cidades: Goiabeira, Itanhomi, Açucena, Engenheiro Caldas, Córrego Novo, Tarumirim e Pingo D’água.
Outra cidade com uma morte registrada, Santa Rita do Sapucaí é a única do Sul de Minas com status de emergência. Lá, Hilda Leandro de Jesus Silva, de 46, morreu ao ser atingida por um tronco de árvore. O caso aconteceu em 24 de outubro.
Geralmente marcada pela falta de chuvas, a Região Norte do estado tem duas cidades em quadro emergencial: Ninheira e Rio Pardo de Minas. Contudo, a única vida perdida pelas chuvas no território aconteceu em Januária, onde João Paulo Gonçalves dos Santos, 29, morreu vítima de um raio.
Na Zona da Mata, são cinco cidades em dificuldades quanto às chuvas: Coimbra, Reduto, Paula Cândido, Muriaé e Viçosa. Nas duas últimas, duas pessoas morreram: Roberto Rodrigues do Vale, 50, engolido pelas águas de um córrego; e Daniela Carla de Oliveira, 41, arrastada pela enxurrada, respectivamente.
Já na Região Central, duas cidades coloniais estão em situação de emergência: Ouro Preto e Diamantina. Além delas, Itabirito e Rio Acima enfrentam o mesmo quadro.
Outras mortes
No total, Minas Gerais tem 11 mortes por causa das chuvas. Além das já citadas, três vidas foram perdidas em Guapé, no Sul de Minas, onde uma cabeça d'água, ocorrida por causa das chuvas que atingiram a parte superior da Cachoeira do Paredão, causou os óbitos.
Outra vida foi perdida em Belo Horizonte, no Bairro Vale do Jatobá, no Barreiro. Gilmara Silva Soares, de 22 anos, foi arrastada pela enxurrada, sendo localizada pelos militares parcialmente submersa na correnteza. Equipes médicas a socorreram, mas ela não resistiu.
Em Sete Lagoas, na Região Central, Wagner Venâncio dos Santos, 36 anos, e Maria Regina de Deus, 60 anos, morreram no mesmo dia, em 2 de dezembro. Eles estavam dentro de um carro de aplicativo, que foi arrastado pela correnteza.