Além dos três mortos, a operação da Rotam resultou na prisão de dois envolvidos: Diego Mateus de Oliveira Santana, de 23, e Wendel Oliveira Silva Rodrigues, 22.
Há possibilidade, no entanto, de mais envolvidos na quadrilha. A investigação prossegue.
Conforme o boletim de ocorrência, os criminosos, sendo eles magros, de estatura mediana e jovens, invadiram a casa do militar, agrediram e atiraram duas vezes na cabo e outras duas no coronel.
A cabo de 34 anos foi atingida por um disparo na cabeça e um nas costas e teve a perna quebrada, o que resultou em fratura exposta. Diante da gravidade da situação, a militar foi socorrida pelo helicóptero da Polícia Militar até ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.
O coronel, de 50 anos, que também foi baleado na cabeça, foi encaminhado ao CTI da mesma unidade de saúde. O helicóptero da corporação o levou, assim como a companheira.
Ódio
De acordo com o coronel Olímpio Garcia, comandante do policiamento especializado, a principal tese da corporação é que os criminosos agiram com ódio ao saber que as vítimas eram militares.
“Um dos que foi preso confessou isso. Eles começaram a agredir por se tratar de policiais militares. No estado de Minas Gerais, a nossa resposta é proporcional a qualquer agressão contra qualquer integrante do estado, qualquer policial militar”, afirmou.
Segundo o coronel Eduardo Felisberto Alves, o fato começou por volta das 22h30 desse domingo (5). Os cinco acusados deixaram a cena do crime por volta de meia-noite e fugiram no veículo da cabo Raiana. O carro foi abandonado e incendiado nas proximidades minutos depois do crime.
Eles, depois, fugiram num Fiat Palio. A polícia levantou informações acerca do veículo para rastrear onde os suspeitos estariam.
Logo que o dia raiou, uma operação foi montada pelas autoridades para buscar os suspeitos.
O trabalho começou a surtir efeito quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) avisou a PM que câmeras flagraram o Palio passando pelo posto da PRF em Betim, ainda na Grande BH.
Por meio dessa informação inicial, o Ministério Público, a partir do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime (Gaeco), conseguiu identificar um dos suspeitos. Ele foi encontrado em Ibirité, separado dos demais, e confessou a participação no crime. Esse, contudo, não reagiu à abordagem dos militares e foi detido. Depois, contou onde estavam os outros envolvidos.
Ao chegar no endereço dado pelo detido, a polícia afirma ter sido recebida a tiros. Tratava-se de uma casa afastada, em um local bastante ermo. Lá, o confronto dos bandidos com a PM terminou com a morte de três criminosos e prisão de um.
Investigação
A Polícia Civil vai, agora, investigar o caso. A corporação ainda não sabe se os dois detidos serão indiciados por homicídio ou latrocínio, pois os trabalhos ainda estão no início.
“Foram colhidas provas testemunhais e realizadas duas oitivas de dois caseiros que prestaram os primeiros socorros às vítimas. Foram colhidas também as oitivas de policiais militares que primeiro compareceram ao local dos fatos. A perícia criminal também já esteve no local”, explica o delegado Marcus Vinícius Vieira.