O quadro clínico mais comentado em grupos de WhatsApp nos últimos dias, principalmente entre moradores do Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte, já é comum a pelo menos sete pacientes em Minas Gerais. É o que garante nota técnica da Secretaria de Estado de Saúde.
Leia Mais
Contaminação no Buritis: o que é fato e o que é boato sobre o caso que circulou no WhatsAppHomem foragido por praticar assaltos à bancos e sequestros é preso no Bairro Buritis, em BHCom doença grave, professora da UFMG aciona Justiça para rever aposentadoria de um salário mínimoCorpo de vítima da doença misteriosa passará por necrópsia em BHForça-tarefa faz cerco ao Buritis para desvendar doença misteriosa que matou paciente e afeta outros seisMorre paciente que estava internado por doença misteriosa em MinasDe dança a oficina de WhatsApp: espaço em BH tem programação de férias para idososFesta fecha calendário de Natal em BH com atenção especial a idosos
Entre as alterações neurológicas apresentadas pelos pacientes, o documento destaca: paralisia facial, borramento visual, amaurose (perda da visão parcial ou totalmente), alteração de sensório e paralisia descendente.
Os pacientes apresentam um ou mais desses sintomas, segundo o documento da saúde pública. No início, conforme a nota, também sentem sintomas gastrointestinais (náusea e/ou vomito e/ou dor abdominal)
Leia também: Cervejaria vai acionar na Justiça autor de boato em redes sociais
A nota técnica do órgão de saúde se dirige aos profissionais de saúde de Minas Gerais. O documento recomenda que a equipe médica que se deparar com esses sintomas em algum paciente comunique, imediatamente, o Cievs-Minas.
O objetivo da nota técnica é o “esclarecimento diagnóstico” e a “busca de novos casos”.
Exames laboratoriais estão sendo realizados na Fundação Ezequiel Dias (Funed) para definição exata da doença.
Perfil dos doentes
Dados apurados pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas) constam que os sete pacientes catalogados até a publicação desta matéria são todos do sexo masculino.
A idade deles, no entanto, varia bastante: a média é de 49 anos, mas há pacientes entre 23 e 76 anos.
Dos sete internados, seis estão em hospitais da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Outro está em Juiz de Fora. Todos apresentaram os sintomas a partir de dezembro último.
Entre os enfermos, a média de dias entre início dos primeiros sintomas e a internação foi de 2,5 dias, conforme o documento.