Jornal Estado de Minas

Por vaga de trabalho temporário, desempregados fazem sacrifício e enfrentam longa fila

Desde a tarde da última segunda-feira (6), quando uma terceirizada que presta serviços à Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) abriu entre 500 e 900 vagas para varrição de rua durante o carnaval, diariamente centenas de desempregados tem enfrentado uma longa fila em frente a sede da empresa na esperança de conseguir uma vaga de trabalho, mesmo que temporária.



Nesta quarta-feira (8), não foi diferente, homens e mulheres aguardavam na fila que se estendia pelo quarteirão da Avenida Américo Vespúcio, no Bairro Aparecida, Região Noroeste de Belo Horizonte. Eles esperavam para fazer o cadastro na empresa e, quem sabe, terem a oportunidade de passar pela segunda fase do processo, a seleção.  

Em meio a tantas incertezas, ainda assim, muitas pessoas passaram a noite no local. É o caso do carpinteiro Jailson Batista, de 38 anos, que está desempregado há quatro meses. Ele era um dos primeiros da fila, para isso chegou às 20h do dia anterior (7). “Fiquei no relento, agora é entrar lá, conversar e esperar para ver se sou chamado. Estou precisando, tenho um filho pequeno de quatro meses”, afirmou.

A SLU informou que contrata empresas para prestar serviços de limpeza urbana e que a mão de obra é de responsabilidade dessas prestadoras. Segundo a empresa contratada, a Construtora RNV, os profissionais reforçarão a varrição durante o período de um mês. Tradicionalmente as vagas são disponibilizadas durante o período de carnaval. Para participar do processo é preciso comparecer à sede da terceirizada levando a carteira de trabalho, atestado de bons antecedentes e currículo.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira