A Polícia Militar (PM) se deslocou à Rua dos Tupis, no Hipercentro de Belo Horizonte, onde uma mulher, de 39 anos, foi encontrada morta dentro de uma clínica estética na tarde desta quarta-feira (8). Informações da corporação indicam que a vítima passava por um procedimento estético quando perdeu a vida.
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A vítima é natural de Três Rios, no interior do estado do Rio de Janeiro, conforme o boletim de ocorrência, mas vivia em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Não se sabe, no entanto, se ela estava em Belo Horizonte somente para a cirurgia.
O tenente Bruno Costa, do 1º Batalhão, atendeu à ocorrência. “O próprio médico fez os primeiros socorros e chamou o Samu. Só que quando eles (os paramédicos) chegaram, ela já estava morta”, afirmou.
Segundo o militar, o cirurgião aplicava polimetilmetacrilato (PMMA) na vítima. O material não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) nem pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para uso estético, porém não é ilegal.
A polícia levou o médico à Central de Flagrantes (Ceflan) 2, no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte. Ele, no entanto, apenas prestava depoimento, ou seja, não estava, por enquanto, na condição de preso.
A Vigilância Sanitária também esteve no local. O órgão interditou a clínica depois do caso. O estabelecimento tinha alvará sanitário para atividade de clínica médica restrita à consulta, portanto não tinha permissão para realização de cirurgias de qualquer natureza.
Problema
Na edição impressa do último domingo, o Estado de Minas pautou o crescimento dos procedimentos estéticos no Brasil. Números da SBCP informam que, entre 2016 e 2018, as intervenções cresceram 18,3% no país, conforme levantamento mais recente da entidade.
Foram mais de 1,7 milhão de plásticas, sendo 60,3% delas estéticas.
Dados à parte, há um lado perigoso da busca pela beleza e boa forma: a oferta crescente vem acompanhada de produtos impróprios e de locais sem alvará, justamente a situação que resultou na morte da carioca ontem.