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Estado de Minas

Mulher é encontrada morta em clínica; vítima passava por procedimento estético

Informações iniciais apuradas pela corporação indicam que vítima era do Rio de Janeiro, mas morava em Juiz de Fora. Estabelecimento não tinha alvará sanitário para realizar cirurgias


08/01/2020 17:14 - atualizado 08/01/2020 22:47

Clínica está localizada na Rua dos Tupis, quase na esquina com a Avenida Afonso Pena(foto: Reprodução/Google Street View)
Clínica está localizada na Rua dos Tupis, quase na esquina com a Avenida Afonso Pena (foto: Reprodução/Google Street View)

 

A Polícia Militar (PM) se deslocou à Rua dos Tupis, no Hipercentro de Belo Horizonte, onde uma mulher, de 39 anos, foi encontrada morta dentro de uma clínica estética na tarde desta quarta-feira (8). Informações da corporação indicam que a vítima passava por um procedimento estético quando perdeu a vida.


Militares do 1º Batalhão da PM se deslocaram ao endereço depois que paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fizeram o chamado. O próprio médico responsável pela cirurgia, que tem 71 anos, acionou o Samu.


A vítima é natural de Três Rios, no interior do estado do Rio de Janeiro, conforme o boletim de ocorrência, mas vivia em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Não se sabe, no entanto, se ela estava em Belo Horizonte somente para a cirurgia.


O tenente Bruno Costa, do 1º Batalhão, atendeu à ocorrência. “O próprio médico fez os primeiros socorros e chamou o Samu. Só que quando eles (os paramédicos) chegaram, ela já estava morta”, afirmou.


Segundo o militar, o cirurgião aplicava polimetilmetacrilato (PMMA) na vítima. O material não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) nem pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para uso estético, porém não é ilegal. 


A polícia levou o médico à Central de Flagrantes (Ceflan) 2, no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte. Ele, no entanto, apenas prestava depoimento, ou seja, não estava, por enquanto, na condição de preso.

 

A Vigilância Sanitária também esteve no local. O órgão interditou a clínica depois do caso. O estabelecimento tinha alvará sanitário para atividade de clínica médica restrita à consulta, portanto não tinha permissão para realização de cirurgias de qualquer natureza.  

 

Problema  

 

Na edição impressa do último domingo, o Estado de Minas pautou o crescimento dos procedimentos estéticos no Brasil. Números da SBCP informam que, entre 2016 e 2018, as intervenções cresceram 18,3% no país, conforme levantamento mais recente da entidade.

  

Foram mais de 1,7 milhão de plásticas, sendo 60,3% delas estéticas.

 

Dados à parte, há um lado perigoso da busca pela beleza e boa forma: a oferta crescente vem acompanhada de produtos impróprios e de locais sem alvará, justamente a situação que resultou na morte da carioca ontem. 

 


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