O engenheiro responsável técnico pela obra, Leonardo Bicalho Hubner Passos, falou à reportagem por telefone, e disse que "a Defesa Civil esteve presente e nos tranquilizou". Segundo ele, a visita foi realizada em outubro e, na mesma época, ele próprio tranquilizou a moradora Juliana Antunes, que já relatava a presença de rachaduras na casa. "Não é fácil pra gente não. Tecnicamente não sei o que houve", afirmou.
O engenheiro disse que se reunirá com os engenheiros que fizeram o projeto estrutural da obra para tentar identificar o que ocorreu. "Na retirada da terra, houve acomodação da terre. Pedi à moradora que monitorasse o aumento da trinca e falasse com a gente. Até ontem não tinha nada."
Ele afirmou que arcará com a reconstrução da casa que desabou. "Vamos refazer o quintal dela. Não vou deixar de cumprir as responsabilidades e resolver o problema". Disse ainda que conversou com todos os afetados pelo desabamento.
A Defesa Civil confirmou que atendeu chamado em 28 de outubro com a finalidade de avaliação dos possíveis riscos construtivos. O órgão informou que "a vistoria da época constatou trincas e fissuras no muro de divisa e no piso do corredor de acesso aos fundos do imóvel. No momento da vistoria, as anomalias visualizadas foram classificadas como de risco baixo." Na época, o morador e o supervisor de obras foram orientados a adotar ações corretivas e a monitorar preventivamente para manter a segurança e estabilidade do local.
SITUAÇÃO DOS IMÓVEIS PRÓXIMOS ÀS OBRRAS
Rua Rio Negro, 74 - Os moradores acionaram a Defesa Civil. A casa principal não foi afetada, imóvel liberado. A casa dos fundos desabou parcialmente, imóvel interditado.
Rua Rio Negro, 86 – A áreas de lavanderia e de churrasqueira desabou por completo. A estrutura do imóvel não foi afetada, imóvel liberado.
Rua Rio Negro, 100 – A estrutura de fundações do prédio não foi afetada. Houve o desabamento de parte da garagem, área parcialmente interditada. O imóvel está liberado.