A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais convocou uma reunião com a força tarefa que analisa a contaminação da cerveja Belorizontina, da Backer, para discutirem os próximos passos da investigação. Compõem o grupo especial que analisa a situação Polícia Civil, Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Ministério Público, Vigilância Sanitária e Ministérios da Saúde e da Agricultura.
A reunião deve acontecer nesta sexta-feira, e um resultado sobre encaminhamentos médicos, epidemiológicos e da Vigilância Sanitária será divulgado em sequência. Um laudo da Polícia Civil divulgado nesta quinta-feira apontou que a substância dietilenoglicol é compatível com quadro de insuficiência renal e problemas neurológicos, registrado em oito pacientes desde as festas do fim do ano passado.
A suspeita é de que as oito pessoas tomaram a bebida no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte. Uma delas morreu na última terça-feira. Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, estava internado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, com quadro de insuficiência renal e problemas neurológicos.
Paschoal passou o Natal na casa da filha, no Buritis. Luiz Felippe Teles Ribeiro, de 37 anos, genro da vítima que faleceu na terça, também passou o feriado natalino com a família e apresentou os mesmos sintomas que Paschoal. O rapaz teve de ser internado em BH e está em estado grave. Os outros seis pacientes com a intoxicação, que vinha sendo tratada como alguma “doença misteriosa”, não têm ligação parental com o caso dos dois parentes.
A Backer informou que os lotes em questão - L1 1348 e L2 1348 - citados pela Polícia Civil, e recolhidos na residência dos consumidores citados, serão retirados imediatamente de circulação, caso ainda haja algum remanescente no mercado.