A fábrica da cervejaria Backer, no Bairro Olhos d'Água, Região Oeste de Belo Horizonte, passa por uma nova vistoria na manhã desta terça-feira. Por volta das 9h40, policiais civis e uma equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) chegaram ao local.
As autoridades investigam casos de intoxicação exógena por Dietilenoglicol (DEG) ligado ao consumo de lotes da cerveja Belorizontina, fabricada pela empresa na capital. Até o momento, 17 casos foram notificados.
Mapa proibiu a venda de todas as cervejas e chopes produzidos pela Backer a partir de outubro de 2019. A Backer entrou na Justiça para revogar a ordem.
Nesta manhã, a cervejaria convocou a imprensa para uma entrevista coletiva que será realizada às 11h. São três os lotes de cerveja analisados – L1 1348, L2 1348 e L2 1354 –, todos positivos para os agentes químicos. Após a divulgação desse laudo, oApesar da intimação para que a Backer faça o “recall” de todas as marcas produzidas entre outubro de 2019 e 13 de janeiro, o Mapa esclarece que não há resultado laboratorial que confirme a presença das substâncias tóxicas usadas em processos de resfriamento da cerveja nas demais marcas da empresa. “Os produtos estão sendo analisados e, caso existam resultados positivos, novas medidas serão adotadas”, informa a nota. A comercialização está suspensa até que seja descartada a possibilidade de contaminação dos demais produtos.
Os tanques da indústria são usados para a fabricação dos 22 rótulos da cervejaria, sem distinção de marca. A força-tarefa ainda não tem uma resposta sobre as causas da contaminação, se houve falha ou sabotagem. (Com informações de Flávia Ayer)