A Secretaria Municipal de Saúde de Pompéu, no Centro-Oeste de Minas, informou, na manhã desta terça-feira, que uma moradora do município morreu com sintomas da síndrome nefroneural causada pela contaminação por dietilenoglicol, substância encontrada em garrafas da cerveja Belorizontina e detectada no organismo de alguns dos pacientes internados com o problema no estado. Até a publicação desta matéria, o caso ainda não era cotabilizado pela Secretaria de Estado de Saúde.
Por meio de nota, a Secretaria explicou que a vítima, que não teve a identidade revelada, esteve em Belo Horizonte a passeio entre 15 e 21 de dezembro na residência de parentes no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte.
Ela apresentou sintomas da síndrome nefroneural e morreu em 28 de dezembro. O Pronto Atendimento onde ela estava internada entrou em contato com a família e foi relatado que ela bebeu a cerveja Belorizontina. “A Secretaria Municipal de Saúde juntamente com o Pronto Atendimento, realizou a apuração e levantamento de informações com posterior notificação e encaminhamento ao CIEVS-MG (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde).
“No momento, toda a Secretaria Municipal de Saúde, Pronto Atendimento e familiares estão no aguardo de retorno do caso. Vale ressaltar que compete às autoridades de saúde hierarquicamente superiores o desenrolar dos fatos, além disso, das autoridades legais e de competência para as apurações”, conclui a nota assinada pela secretária de Saúde de Pompéu, Fernanda Guimarães Cordeiro.
Nesta manhã, a Secretaria de Estado de Saúde informou que, assim como em posicionamento divulgado ontem, ainda contabiliza 17 casos suspeitos de intoxicação pelo dietilenoglicol, sendo 16 de homens e um de uma mulher. Quatro casos foram confirmados, sendo uma morte, e outros 13 estão sob investigação. “Reforçamos que caso tenhamos atualizações ao longo do dia, as mesmas serão publicadas no site da SES”, informou a assessoria do órgão.
Critério para notificação
A nota técnica da Saúde enviada aos serviços médicos diz que a pasta estadual "define como caso suspeito o indivíduo residente ou visitante de Minas Gerais que ingeriu cerveja Backer a partir de novembro de 2019, e iniciou, em até 72 horas, sintomas gastrointestinais (náuseas e/ou vômitos e/ou dor abdominal), insuficiência renal aguda, seguidos ou não de uma ou mais alterações neurológicas, como paralisias facial e descendente, borramento visual, amaurose (perda da visão), alterações sensitivas e crise convulsiva."