“Ele fugiu depois de literalmente ter assassinado ela”. O desabafo é de João Marcos Bandeira, namorado de Jerusa de Alencar Viana, de 47 anos, que presenciou nesse fim de semana o atropelamento e a morte da companheira. João Marcos estava no carro com Jerusa, que estacionou o veículo na avenida Raja Gabaglia, no Bairro São Bento, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para ir a um supermercado do outro lado da via. Foi quando uma BMW desgovernada, conduzida por um fotógrafo de 39 anos, atingiu a vítima, que morreu na hora.
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Carro atropela duas pessoas na BR-262 e uma morreSuspeito de atropelar e matar mulher na Raja Gabaglia se entrega à polícia Polícia indicia motorista de BMW que matou mulher atropelada em BHSuspeito de atropelar motociclista e fugir sem prestar socorro em BH é localizado Polícia procura motorista que fugiu após acidente com morte em Venda NovaDe acordo com o delegado Rodrigo Fagundes, responsável pelo caso, o suspeito alegou em depoimento que fugiu por medo de linchamento, mas esse argumento foi questionado já que mesmo distante do local do acidente o fotógrafo não procurou a polícia. “Ele não fez, mesmo em momento de segurança, o acionamento das autoridades”.
O suspeito, que está há três meses com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida e que em 2019 foi autuado por embriaguez ao volante, chegou a parar a BMW — com sinais de colisão — em frente a uma lanternagem que fica no Bairro Buritis, na Região Oeste da capital. “Isso provavelmente porque ele queria arrumar o seu veículo no dia útil posterior visando mais uma vez furtar às suas responsabilidades”, sustentou o delegado.
Após prestar depoimento, o motorista, que é do Rio de Janeiro, conversou com a imprensa e declarou que “não estava bem” no momento do acidente. Ele afirmou que faz uso de medicamento controlado e pediu desculpas à família. “Eu estou muito consternado por eles, eu sei exatamente o que eles estão sentindo. Minha esposa faleceu na minha mão”. O carro estava no nome da esposa do fotógrafo, que morreu em fevereiro do ano passado durante um procedimento estético.
Para João Marcos nada justifica o ocorrido. Ele agora aguarda os trâmites do processo que pode resultar na prisão do atropelador. “Por mim ele já está perdoado. Agora é com Deus e com a consciência dele”.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira