Morreu, na manhã desta quarta-feira, mais uma vítima com suspeita de síndrome nefroneural, doença investigada por suspeita de contaminação por dietilenoglicol, substância encontrada em garrafas da cerveja Belorizontina, da Backer, fabricada na capital. A informação foi confirmada pela Polícia Civil. A vítima é Antônio Márcio Quintão de Freitas, de 77 anos, como apurou a reportagem do Estado de Minas.
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De acordo com a médica infectologista e Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Rede Mater Dei de Saúde, Silvana de Barros, o quadro clínico do homem é delicado. "O tratamento de intoxicação é sempre complexo, estamos fazendo o máximo", afirmou a médica.
Hoje, a Polícia Civil também informou que que o número de casos notificados subiu para 18, mas não informou qual a origem do último. Do total, quatro deram positivo para contaminação pelo dietilenoglicol. Das duas mortes, apenas a primeira teve a confirmação da presença da substância no sangue da vítima. O de Antônio ainda depende de exames.
"Tão logo nós ficamos sabendo de mais uma vida que se perdeu em virtude da intoxicação nós demos início a todos os procedimentos para que a perícia seja realizada dentro dos mais altos padrões. Nós, inclusive, fizemos um protocolo específico para atender estes casos, que estão sendo tratados de forma muito séria, muito técnica”, explicou o diretor do IML, José Roberto de Rezende Costa, em entrevista no início da tarde desta quarta-feira.
Segundo ele, o corpo do paciente deve ser liberado para os familiares ainda hoje para os procedimentos funerários. Questionado sobre o prazo para a liberação do laudo definitivo sobre a causa da morte, Costa informou que o procedimento leva cerca de 15 ou 30 dias. “Como se trata de um caso de alta complexidade, pode haver a necessidade da gente pedir uma dilação deste caso, mas a gente acredita que neste prazo, ou até mesmo um pouco antes, a gente consiga uma determinação da causa mortis”, pontuou.
A recomendação para que ninguém beba cerveja de nenhum lote da Belorizontina partiu da diretora de marketing da Backer, Paula Lebbos. A orientação vale para a Capixaba, que é a mesma cerveja, mas com outro rótulo, destinada ao Espírito Santo.
Em amostras da bebida, a polícia detectou a presença de dietilenoglicol, causador da síndrome nefoneural. Nesta quarta, foi notificado um caso suspeito em Araxá, que ainda não entrou na lista da Secretaria de Estado de Saúde.
Análises feitas pela própria Backer atestaram a presença da substância em garrafas da Belorizontina, uma das 22 marcas da cervejaria.
O dietilenoglicol é usado no processo de resfriamento de cerveja. Mas a Backer garante nunca que usou o produto.
Em amostras da bebida, a polícia detectou a presença de dietilenoglicol, causador da síndrome nefoneural. Nesta quarta, foi notificado um caso suspeito em Araxá, que ainda não entrou na lista da Secretaria de Estado de Saúde.
Análises feitas pela própria Backer atestaram a presença da substância em garrafas da Belorizontina, uma das 22 marcas da cervejaria.
O dietilenoglicol é usado no processo de resfriamento de cerveja. Mas a Backer garante nunca que usou o produto.
O tanque em que os lotes contaminados foram produzidos está lacrado. Não se sabe, como admitiu Paula Lebbos, se pode haver problemas em algum dos outros 69 tanques. Por isso, segundo a diretora, serão analisadas todas as etapas do processo de produção.
Agentes da Polícia Civil de Minas e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) voltaram ontem à fábrica da cervejaria, no Bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de BH, para dar sequência às perícias iniciadas na semana passada.
Enquanto isso, a Vigilância Sanitária da capital continua recebendo garrafas de Belorizontina de consumidores. Ontem, foram 385. Com 183 da véspera, total chegoua 568.
Agentes da Polícia Civil de Minas e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) voltaram ontem à fábrica da cervejaria, no Bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de BH, para dar sequência às perícias iniciadas na semana passada.
Enquanto isso, a Vigilância Sanitária da capital continua recebendo garrafas de Belorizontina de consumidores. Ontem, foram 385. Com 183 da véspera, total chegoua 568.