A Secretaria Municipal de Saúde de Araxá, no Triângulo Mineiro, por meio de nota, informou na manhã desta quarta-feira que notificou um caso suspeito de contaminação da síndrome nefroneural devido à ingestão da cerveja Belorizontina, da fabricante Backer. De acordo com a nota, o caso é um homem, atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade que se recuperou e se encontra “em bom estado de saúde”, não chegando a ser hospitalizado.
O paciente de Araxá, no entanto, ainda não foi incluindo nos dados da Secretaria de Estado de Saúde sobre a contaminação pelo consumo da cerveja investigada em Minas. A SES informou que até ontem foram notificados 17 casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol (substância encontrada nas garrafas com o rótulo da Backer), que estão sendo investigados. A Secretaria informou que foram notificados 12 casos em Belo Horizonte e outros cinco em Nova Lima (Região Metropolitana), São Lourenço (Sul de Minas), São João Del Rei (Campo das Vertentes), Viçosa e Ubá (Zona da Mata).
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Não foram divulgadas mais informações sobre a suposta vítima. Porém, de acordo com fonte da UPA de Araxá, o paciente foi atendido sábado (dia 11). Ele informou que ingeriu a cerveja Belorizontina por ocasião do Reveillon (31 de dezembro) e que adquiriu o produto em um supermercado da cidade do Triângulo.
A Secretaria de Saúde de Araxá informou ainda que está fiscalizando os estabelecimentos do município que comercializam cervejas artesanais para verificar se ainda existem garrafas dos lotes da Belorizontina contaminados pelo dietilenoglicol ( lotes L1 1348, L2 1348 e L2 1354) na cidade. Divulgou ainda que a Vigilância Sanitária do Município “não está recolhendo essas cervejas, mas reforçando junto aos comerciantes a recomendação de que essas bebidas não sejam comercializadas”, tendo em vista que o Ministério da Agricultura notificou a empresa Backer a fazer o recolhimento de todas as cervejas produzidas pela companhia desde outubro de 2019.