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Estado de Minas

Intoxicação: Saúde estadual ainda não confirma morte de moradora de Pompéu

Com isso, pasta do governo do estado lista duas vidas perdidas por síndrome nefroneural: dois homens, moradores de Ubá, na Zona da Mata, e Belo Horizonte


postado em 15/01/2020 18:31 / atualizado em 15/01/2020 23:35

Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, foi a primeira vida perdida pela doença(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, foi a primeira vida perdida pela doença (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

 

A Secretaria de Estado de Saúde confirmou a segunda vida perdida pela síndrome nefroneural causada por intoxicação exógena. Trata-se de um morador do Bairro Ipiranga, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Márcio Quintão de Freitas, de 77 anos, perdeu a vida nesta quarta-feira (15).


Segundo a Polícia Civil, o paciente estava internado no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte. O corpo já foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde a família não quis conversar com a imprensa.


A morte de uma mulher em Pompéu, no Centro-Oeste de Minas, foi notificada pela prefeitura local, mas ainda não é contabilizada pela Saúde estadual. Isso porque a prefeitura da cidade do interior ainda não enviou informações suficientes para que a pasta relacione o óbito à síndrome nefroneural.


A outra morte já registrada aconteceu na terça passada (7). Trata-se de Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, morador de Ubá, na Zona da Mata. O genro dele, Luiz Felippe Teles Ribeiro, ainda está internado.

 

 


Eles estavam em um hospital de Juiz de Fora, na mesma região, e confraternizaram com familiares no Bairro Buritis, Região Oeste de BH, onde consumiram a cerveja Belorizontina.


Justamente nessa bebida a Polícia Civil encontrou a substância química dietilenoglicol, que quando ingerida causa exatamente os sintomas sentidos pelos pacientes. Ao menos sete lotes estão contaminados.


Outro álcool tóxico, o monoetilenoglicol, também foi achado em quatro lotes da cerveja.


O número de casos suspeitos, para a Saúde estadual, continua em 17: 16 homens e uma mulher, sendo 12 moradores de BH e outros cinco nas cidades de Ubá, São Lourenço, Nova Lima, Viçosa e São João del-Rei.


Já a Polícia Civil trabalha com um caso a mais, portanto 18. A diferença acontece porque a polícia trabalha criminalmente, enquanto a Saúde apenas com a parte sanitária do problema. 

 

Em nota, a Backer informou que "estruturou uma equipe especializada, que desde ontem (terça) atua para prestar assistência e fornecer o apoio necessário aos pacientes e seus familiares".
  
A empresa também disse que "se solidariza com essas pessoas, compartilha da mesma dor que eles vivem nesse momento, e reforça sua atenção e seu compromisso em disponibilizar todo o suporte necessário para cada um deles".
 
Afirmou, ainda, que "está aberta para receber o contato desses familiares sempre que desejarem e continua colaborando com as autoridades e verificando seus processos para contribuir com as investigações e ter respostas o quanto antes".
 
O contato exclusivo para os familiares é (31) 3228-8859, de 8h às 17h.

  


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