A Secretaria de Estado de Saúde confirmou a segunda vida perdida pela síndrome nefroneural causada por intoxicação exógena. Trata-se de um morador do Bairro Ipiranga, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Márcio Quintão de Freitas, de 77 anos, perdeu a vida nesta quarta-feira (15).
Segundo a Polícia Civil, o paciente estava internado no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte. O corpo já foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde a família não quis conversar com a imprensa.
A morte de uma mulher em Pompéu, no Centro-Oeste de Minas, foi notificada pela prefeitura local, mas ainda não é contabilizada pela Saúde estadual. Isso porque a prefeitura da cidade do interior ainda não enviou informações suficientes para que a pasta relacione o óbito à síndrome nefroneural.
A outra morte já registrada aconteceu na terça passada (7). Trata-se de Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, morador de Ubá, na Zona da Mata. O genro dele, Luiz Felippe Teles Ribeiro, ainda está internado.
Eles estavam em um hospital de Juiz de Fora, na mesma região, e confraternizaram com familiares no Bairro Buritis, Região Oeste de BH, onde consumiram a cerveja Belorizontina.
Justamente nessa bebida a Polícia Civil encontrou a substância química dietilenoglicol, que quando ingerida causa exatamente os sintomas sentidos pelos pacientes. Ao menos sete lotes estão contaminados.
Outro álcool tóxico, o monoetilenoglicol, também foi achado em quatro lotes da cerveja.
O número de casos suspeitos, para a Saúde estadual, continua em 17: 16 homens e uma mulher, sendo 12 moradores de BH e outros cinco nas cidades de Ubá, São Lourenço, Nova Lima, Viçosa e São João del-Rei.
Já a Polícia Civil trabalha com um caso a mais, portanto 18. A diferença acontece porque a polícia trabalha criminalmente, enquanto a Saúde apenas com a parte sanitária do problema.