A Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, informou, nesta quinta-feira (16), por meio de nota, que detectou um quadro de “alteração das funções renais” de um paciente na cidade.
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Ainda de acordo com a prefeitura de Uberlândia, o paciente recebeu os primeiros atendimentos e, por segurança, a equipe médica o transferiu para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU).
“Todo o acompanhamento deste caso está sendo feito pela Vigilância Epidemiológica do município e do estado”, diz o texto do Executivo municipal.
Apesar da notificação, o caso ainda não consta na lista de casos suspeitos da Secretaria de Estado de Saúde. O governo do estado computa, até a publicação desta matéria, 17 diagnósticos em investigação: 16 homens e uma mulher.
Isso porque as prefeituras precisam enviar informações sobre os quadros clínicos dos pacientes ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs-Minas). Entre esses dados estão laudos médicos e exames.
Depois de receber os documentos, a Saúde estadual os analisa e decide se o quadro se encaixa ou não para intoxicação exógena por dietilenoglicol – composto orgânico que, quando ingerido, causa exatamente os sintomas sentidos pelos doentes.
A principal suspeita que gira em torno dos casos, que posteriormente resultam na síndrome nefroneural, é o consumo da cerveja Belorizontina, da Backer, intoxicada. A Polícia Civil encontrou sete lotes da bebida com o dietilenoglicol.
Outros quatro lotes foram identificados com monoetilenoglicol. Trata-se de outro álcool com menos toxicidade, mas que também causa prejuízos à saúde.
Nessa quinta-feira, a perícia informou que encontrou as duas substâncias químicas na água usada na produção da cervejaria Backer.
O resultado aumenta a suspeita de que outros rótulos da empresa possam estar contaminados, não somente a cerveja Belorizontina, associada à intoxicação de 17 pessoas.