A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) divulgou um novo boletim com atualizações da investigação dos casos de intoxicação exógena por Dietilenoglicol: quatro mortos e 18 casos suspeitos notificados. Desses, 16 pessoas são do sexo masculino e duas do feminino. Quatro casos foram confirmados e os 14 restantes continuam sob investigação, uma vez que apresentaram sinais e sintomas com relato de exposição.
De acordo com a secretaria, quatro casos evoluíram para óbito. Nesta quinta-feira, foi incluída oficialmente a morte da moradora de Pompéu, na Região Central de Minas Gerais. Ela morreu com os sintomas semelhantes aos da intoxicação exógena causadora da síndrome nefroneural, ingeriu a cerveja Belorizontina no dia 19 dezembro, na casa de parentes, em Belo Horizonte.
No Natal, ela deu entrada no pronto-atendimento da Santa Casa de sua cidade natal, onde perdeu a vida três dias depois, em 28 de dezembro.
O último óbito associado ao caso ocorreu ontem: Milton Pires, de 89 anos, fundador do Bar Baiuca, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul da capital, faleceu no Hospital Mater Dei, onde deu entrada no início desta semana. O corpo dele foi levado ao Instituto Médico-Legal para exames de necropsia. Segundo um filho de Milton, que se identificou somente como Elton, o pai tomou a cerveja dentro do próprio bar na semana passada. Ele afirma que todo estoque do estabelecimento de rótulos da Backer já foi “encaixotado” e o fornecedor substituído.
Na quarta-feira, morreu mais uma vítima com suspeita de síndrome nefroneural: a vítima é Antônio Márcio Quintão de Freitas, de 77 anos, como apurou a reportagem do Estado de Minas. Segundo a instituição, o paciente estava internado no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte.
A outra morte já registrada ocorreu na terça-feira, dia 7. Trata-se de Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, morador de Ubá, na Zona da Mata. O genro dele, Luiz Felippe Teles Ribeiro, ainda está internado. Eles estavam em um hospital de Juiz de Fora, na mesma região, e confraternizaram com familiares no Bairro Buritis, Região Oeste de BH, onde consumiram a cerveja Belorizontina, da Backer.
A secretaria continuará a investigação epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos, incluindo a emissão de notas técnicas para orientação aos serviços e profissionais de saúde, e divulgação periódica de informações atualizadas à população.