Os 14 pacientes com suspeita de intoxicação com o dietilenoglicol estão em estado grave. A informação foi repassada durante entrevista coletiva nesta sexta (17) na Cidade Administrativa. Por ser tratar de uma intoxicação rara, as autoridades de saúde afirmaram a dificuldade de um diagnóstico. "Existe a possibilidade que eles melhorem, mas existe a possibilidade de que eles fiquem com sequela", afirmou Vírginia Antunes de Andrade, médica infectologista da Unidade de Resposta Rápida de Minas Gerais.
As pessoas intoxicadas com o dietilenoglicol chegam ao atendimento médico com o quadro renal comprometido. Também apresentam problemas no quadro visual, uma cegueira, uma paralisia facial e paralisia descendente, quando começa a perder o movimento da cabeça para baixo. "As pessoas após a ingestão do dietilenoglicol, elas começam com quadro abdominal. Apresentam náusea e desconforto abdominal. Em seguida param de urinar", afirma.
O antídoto para a intoxicação deve ser administrado por médicos nas primeiras horas depois da ingestão do dietilenoglicol. "O antídoto pode reverter parcialmente e pode não reverter. Não se sabe se o dano é pelo dietilenoglicol ou pelo metabólico que ele produz. Os metabólicos circulantes podem causar um dano permanente."
A médica ressaltou que os sintomas iniciam nas primeiras horas depois da ingestão do dietilenoglicol. "Demos o tempo de 72 horas para ser mais sensível. Mas os sintomas começam a se apresentar nas primeiras horas da ingestão."