“Foi um dos casos mais difíceis que tive contato”, afirma o médico Vinícius Colares, de 42 anos, nefrologista da Santa Casa de Juiz de Fora, na Zona da Mata, primeiro a notificar a Secretaria de Estado de Saúde (SES) sobre a síndrome nefroneural. A doença está relacionada à intoxicação de 19 pessoas, sendo que quatro acabaram morrendo, pela substância dietilenoglicol, encontrada na cervejaria mineira Backer.
Em 19 anos na medicina, o nefrologista, que fez a residência na especialidade e o doutorado na Universidade de São Paulo (USP), ressalta ter vivido com a investigação da intoxicação por dietilenoglicol um dos momentos mais desafiantes da carreira. Em entrevista ao Estado de Minas, ele conta os detalhes de como o caso foi esclarecido pelas equipes médicas.