Moradores de municípios afetados por rompimentos de barragens em Minas Gerais e no Espírito Santo participam de uma semana de atos públicos para lembrar um ano do desastre em Brumadinho, Região Central de Minas. Em 25 de janeiro de 2019, uma barragem da Vale se rompeu e deixou 270 mortos, 11 ainda desaparecidos.
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Zema quer que Vale assuma R$ 7 bilhões em obras para indenizar estado após BrumadinhoBrumadinho 1 ano depois: agricultores cobram água e luzBrumadinho 1 ano depois: tragédia elevou uso de antidepressivosBrumadinho, 1 ano depois: natureza tenta resistir à tragédiaJustiça suspende licenciamento de megaprojeto de mineradora no Norte de MinasRodoanel e presídios estão entre contrapartidas em negociação com a ValeNa manhã desta segunda-feira, eles se concentraram na Praça do Papa, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e caminharam em direção ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na Avenida Afonso Pena, e à Agência Nacional de Mineração (ANM). Segundo ele, o grupo reclama da lentidão da Justiça para tratar do caso, exigindo, entre outras coisas, uma consultoria independente e programas de reparação, maior fiscalização das barragens, entre outras reivindicações.
“A caravana toda tem em torno de 350 pessoas fixas e em cada local realizaremos atos”, explicou Andrioli. “Tem gente de Mariana, do Espírito Santo, da região do Médio Rio Doce, Aimorés, Governador Valadares, Vale do Aço, Barra Longa”, listou.
A marcha vai passar por Juatuba e Pompéu nos próximos dias. Segundo ele, no dia 24 será realizado um seminário internacional no Bairro Citrolândia, em Betim, com a presença de representantes de 17 países para falar sobre a questão das barragens. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também deve participar de um ato público no local no mesmo dia. No sábado, dia em que o desastre completa um ano, a caravana chega a Brumadinho e participa da homenagem realizada pela população às vítimas.
Em nota, a Vale informou que "respeita a livre manifestação, desde que observado o direito de ir e vir e a propriedade, repudiando qualquer manifestação que viole tais direitos". Além disso, destacou que "realiza encontros regulares com representantes legítimos dos atingidos pelo rompimento da barragem I, em Brumadinho, visando uma reparação célere e respeitosa."