Jornal Estado de Minas

Caso Backer: sobe para 21 o número de vítimas suspeitas de intoxicação por dietilenoglicol

Subiu para 21 o número casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol. Em boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde nesta segunda-feira, duas novas vítimas foram notificadas em Belo Horizonte. Enquanto os casos aumentam, a Polícia Civil de Minas Gerais avança com as investigações relacionadas à contaminação das cervejas fabricadas pela Backer.



Nesta segunda-feira, quatro testemunhas prestaram depoimentos na 4ª Delegacia do Barreiro, localizada no Bairro Estoril, Região Oeste da capital. As pessoas ouvidas são familiares das vítimas – algumas hospitalizadas e uma que morreu. De acordo com a Polícia Civil, o objetivo é entender os acontecimentos que antecederam a intoxicação.



Ainda nesta segunda-feira, policiais civis estiveram na cervejaria para sanar dúvidas sobre a linha de produção. Novas amostras de cervejas foram recolhidas e serão analisadas juntamente com as outras recolhidas na semana passada.

“As amostras recolhidas, tanto da cervejaria, quanto da empresa química que vendia o monoetilenoglicol, continuam sendo analisadas pelas equipes de peritos do Instituto de Criminalística de forma criteriosa”, informou a Polícia Civil.



Os laudos não têm previsão para ficarem prontos. Durante esta semana estão previstos novos depoimentos de outros familiares de vítimas intoxicadas.

Exumação

O delegado responsável pelo inquérito, Flávio Grossi, encaminhou à Justiça o pedido para a exumação do corpo da mulher que teria sido a primeira vítima da intoxicação. Ela morreu no dia 28 de dezembro – antes da detecção de dietilenoglicol monoetilenoglicol em amostras de cervejas recolhidas das casas de pessoas que apresentaram os sintomas da síndrome nefroneural. 

Novas vítimas

Polícia Civil orienta a população a registrar um boletim de ocorrência caso tenha consumido a cerveja e se sentindo prejudicado com a ingestão da bebida.

“Esse registro será apurado durante o trabalho investigativo, bem como verificada a viabilidade de inclusão de eventual vítima no inquérito policial”, informou em nota.
 
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz