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Estado de Minas

Mulher em BH apresenta sintomas da intoxicação por dietilenoglicol

Agora já são 22 os casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol, de acordo com boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgado nesta terça-feira


postado em 21/01/2020 17:12 / atualizado em 21/01/2020 18:27

Fábrica da cervejaria, no Bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de BH, foi interditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Fábrica da cervejaria, no Bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de BH, foi interditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) recebeu uma notificação de uma mulher com sintomas compatíveis com o quadro em Belo Horizonte. Com isso, sobe para 22 o número de casos suspeitos de intoxicação pelo dietilenoglicol. A substância tóxica foi encontrada na cerveja e na água da cervejaria Backer, em Belo Horizonte. 

Até esta terça-feira foram notificados casos de 19 homens e três mulheres em oito municípios mineiros, de acordo com o boletim da SES, que investiga a contaminação pela substância. Quatro casos foram confirmados e 18 ainda estão sob análise.

Quatro pessoas morreram, sendo que o exame de uma delas indicou a presença do dietilenoglicol. As outras três mortes depende de resultados de análises laboratorias.

Há 15 vítimas em Belo Horizonte e outras sete em Capelinha, Nova Lima, Pompéu, São João Del Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa. A contaminação está sendo relacionada ao consumo de cerveja produzida pela cervejaria Backer.

A fábrica está interditada e a venda de seus produtos proibidos. Análises do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) encontrou o dietilenoglicol na água da cervejaria e em 32 lotes de 10 marcas produzidas pela indústria, em especial a Belorizontina.

Paciente de Capelinha recebeu alta

No boletim, a SES destaca que, entre os pacientes internados, está um homem, residente no município de Capelinha, que internou em 17 de janeiro e recebeu alta no domingo no Hospital João XXIII, da Rede Fhemig, com alguns dos sintomas característicos da intoxicação exógena por dietilenoglicol.

Ele apresentou “turvação visual, tremor leve de extremidades, abalos musculares e redução da diurese, com relato de quadro de vômitos e diarreia prévios, já em melhora após 14 dias de evolução”. O paciente segue em acompanhamento.

Segundo a SES, não há, até o momento, nenhum paciente suspeito para a intoxicação por DEG internado em hospitais da rede Fhemig.

A Polícia Civil continua a colher depoimentos de familiares de pacientes internados ou que morreram com sintomas da síndrome nefroneural, associada ao consumo de cerveja contaminada por dietilenoglicol em Belo Horizonte. Ontem, quatro pessoas foram ouvidas.


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