Há 16 anos focada no cuidado de animais em situação de abandono, a ONG Cão Viver faz um pedido de resgate na internet. A instituição, que fica em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, lançou uma campanha de financiamento coletivo para comprar o imóvel onde abriga 233 bichos (188 cachorros e 45 gatos), além de oferecer serviços veterinários com valor diferenciado, como a castração.
"Não estamos sendo despejados, mas a propriedade nos foi cedida em comodato. Ou seja: é um empréstimo. Na falta dos proprietários, o controle do nosso espaço vai para herdeiros, que podem decidir nos tirar de lá. Nesse caso, para onde vamos com os nossos bichos? É por isso que decidimos correr atrás de fundos para comprar a casa. Assim, garantimos a longevidade do nosso trabalho", explica Tatiana Peixoto, membro da diretoria da ONG.
Chamada de Meu Canil, minha vida, ação é dividida em sete etapas, cada uma com meta de arrecadação de R$ 100 mil. A contribuição para a primeira fase pode ser feita online, até 31 de janeiro. A doação mínima é de R$ 10.
"Até o momento, arrecadamos cerca de R$ 75 mil. Cada real doado é muito valioso pra nós", destaca Tatiana.
Trajetória
Em quase duas décadas de funcionamento, a Cão Viver afirma já ter resgatado e tratado 7500 animais, entre cães e gatos. No espaço de 3 mil m², bichos em situação de abandono, violências e atropelamentos são vacinados, castrados e disponibilizados para adoção ou apadrinhamento.
O abrigo, recentemente, deixou de receber novos "moradores", uma vez que o imóvel já atingiu lotação máxima. Segundo Tatiana Peixoto, a taxa média de adoção da Cão Viver é de 15 animais por ano. Ela estima que, em Belo Horizonte, haja pelo menos 30 mil animais esperando por um lar.
Adote um amigo
Os mais de 200 animais acolhidos pela Cão Viver estão disponíveis tanto para adoção, quanto para apadrinhamento.
Interessados em adotar devem, em primeiro lugar, acessar o site da ONG, onde poderão navegar por um álbum com o perfil dos cães e gatos resgatados - e, assim, escolher o pet que melhor agrada.
O próximo passo é fazer uma visita à instituição, onde o adotante passa por uma entrevista. Uma vez aprovado, ele assina um termo de responsabilidade e pode, então, levar o bichinho para casa.
Por sua vez, aqueles que desejam apadrinhar devem selecionar um animal pela internet e preencher um formulário online, autorizando uma cobrança mensal (via débito em conta, Paypal ou cartão de crédito), destinada ao custeio das despesas básicas do peludo escolhido. O valor da contribuição mínima é de R$ 30.