As chuvas que caíram nos últimos dois dias em Minas Gerais causam danos em cidades do estado, principalmente as localizadas na Grande BH. Segundo informações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), por meio do seu coordenador tenente-coronel Flávio Godinho, moradores de 16 cidades diferentes já ficaram desabrigadas ou desalojados nas últimas 48 horas.
Segundo Flávio Godinho, 1,9 mil pessoas estão desalojadas no estado, ou seja, estão morando provisoriamente em equipamentos públicos ou em casa de parentes. Outras 400 estão desabrigadas, o que totaliza 2,3 mil com suas moradias afetadas pela chuva.
Além disso, o estado tem três mortes confirmadas, vítimas de um deslizamento em Ibirité, na Grande BH. Outras duas pessoas ainda estão desaparecidas em relação a essa ocorrência. Os trabalhos continuam durante à noite.
Ainda de acordo com o tenente-coronel, uma pessoa se feriu durante as chuvas na cidade de Abre Campo, no interior do estado.
Em Rio Piracicaba, também no interior, 44 detentas do presídio local foram remanejados para a unidade prisional de Ponte Nova.
"Nosso efetivo está muito voltado a Raposos e Sabará, além de Ibirité que solicitou agora", ressaltou o militar.
Novamente conforme a Defesa Civil, o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) está recolhendo doações para as vítimas da chuva. O mesmo vale para a Cruz Vermelha.
Rios
"Preocupante" é a avaliação do tenente-coronel Flávio Godinho sobre o Rio das Velhas. Segundo ele, a chuva que poderá chegar nas próximas horas agrava a situação devido ao nível do rio.
De acordo com ele, a Cemig acompanha a situação ao lado da Defesa Civil para que o quadro não se agrave.
Chuva forte
Trovoadas e uma tempestade, ao contrário da chuva constante dos últimos dias: essa é a previsão do meteorologista Guilherme Schild, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).
De acordo com Guilherme, a tempestade deve durar duas horas e resultará em uma quantidade de 100 milímetros. Depois, seguirá pela madrugada até a manhã deste sábado, quando a Grande BH deve ter uma estiagem.
Por isso, as equipes da Defesa Civil vão continuar em campo, bloqueando acesso a áreas de risco, segundo Godinho.