Após as fortes chuvas que atingiram a Grande BH e municípios da Zona da Mata mineira nos últimos dias, mais de 17 mil pessoas precisaram deixar suas casas. Para tentar minimizar os impactos nas vidas dos atingidos, que agora precisam recomeçar, os mineiros têm formado uma grande rede de solidariedade para recolher e distribuir doações.
Instituições e órgãos públicos anunciaram a criação de postos de coletas de donativos e pessoas físicas se mobilizam para doar mantimentos ou um pouco do próprio tempo para ajudar a quem precisa.
Voluntário há 30 anos, Cláudio Veriano, de 58, passou o final de semana na sede da Cruz Vermelha que fica na Alameda Ezequiel Dias, Região Centro-Sul da capital. Hoje, ele chegou cedo à instituição, por volta das 8h, para dar prosseguimento a missão de separar mantimentos, roupas e produtos de limpeza entre as dezenas de caixas que chegam a todo momento. "Uma hora que você dispõe do seu tempo equivale a uma hora de amor. Aqui a gente não vê classe social, não pergunta o que você é, toda ajuda é bem-vinda e cada um será alocado em uma função”.
Realmente, para quem viu todos os seus bens sendo inutilizados pela água barrenta das inundações, toda ajuda é necessária. Cidades estão sem água potável e, por isso, precisam de doações de água mineral. Além disso, alimentos não perecíveis, materiais de limpeza, produtos de higiene, colchões, cobertores e fraldas podem ser doados na sede e no ponto de apoio da Cruz Vermelha. “O cidadão, pode sim, ser solidário doando aquilo que estiver sobrando na sua casa. Um litro de leite, um saco de papel higiênico, um pacote de fraldas já vai ser útil para as pessoas que neste momento estão despojadas de suas casas vivendo em escolas, em abrigos improvisados e estão contando com a nossa ajuda aqui”, explica o voluntário.
Um novo alerta da Defesa Civil Municipal foi divulgado nesta segunda-feira (27). Segundo o órgão, o volume de chuva entre hoje e quarta-feira pode ser superior a 100 mm. Por este motivo, a Cruz Vermelha segue monitorando a situação da Grande BH e o trabalho por lá não para. Cláudio conta como é feito o encaminhamento das doações após a triagem. “Tudo o que chega aqui é feito um controle de logística e é alinhado conforme a necessidade das prefeituras. Neste momento estamos enviando para Contagem, Sabará, Raposos, para os moradores dos aglomerados da Avenida Tereza Cristina e de Venda Nova, pessoas que ficaram sem nada”.
Onde doar:
Todos os batalhões da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros e na Sede da Cruz Vermelha.
O que doar:
Água, alimentos não perecíveis, cobertores, colchões, itens de higiene pessoal, materiais de limpeza, roupa de cama, fraldas.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira