De acordo com a pasta, a mulher de 22 anos apresenta alguns sintomas respiratórios e febre baixa. Ela está internada desde sexta-feira na Unidade de Pronto Atendimento (UPA Centro-Sul) de Belo Horizonte.
"A paciente passa bem, já recebeu atendimento e todas as providências necessárias foram tomadas", informou a secretaria. Ela será transferida para o hospital Eduardo de Menezes para ser acompanhada.
Não foi informado de qual cidade e quando a jovem retornou para a capital mineira.
"O caso será discutido com o Ministério da Saúde e assim que tivermos novas atualizações, iremos informar", acrescentou a nota. Isso porque quando a pasta recebeu a notificação de semana passada, a SES-MG ainda não dispunha do protocolo do Ministério da Saúde, com orientações sobre esses casos.
"Por medida de precaução, para evitar a disseminação de uma possível nova doença, ainda desconhecida, foi decidido pelo isolamento da paciente, foram coletadas amostras laboratoriais para fazer exames de vírus respiratórios e notificado como caso suspeito", informou a pasta.
Assim, a partir deste protocolo veiculado nessa quinta-feira, o Estado de Minas Gerais irá adotar as recomendações do Ministério da Saúde.
Caso descartado
Em 21 de janeiro, também foi identificada na UPA-Centro Sul uma paciente, brasileira, de 35 anos, proveniente da China – esteve em Shangai – e que desembarcou na caítal mineira em 18 de janeiro, com sintomas respiratórios, compatíveis com doença respiratória viral aguda. Ela foi conduzida rapidamente para o Hospital Eduardo de Menezes para observação cuidadosa em ambiente hospitalar.
A notificação se deu porque a paciente esteve em um evento internacional na China, teve contato com pessoas de diversos locais do mundo, com vários dias de duração e apresentava sintomas respiratórios.
A paciente recebeu alta na tarde de quinta-feira com quadro clínico estável e segue melhorando. A amostra da paciente foi encaminhada para a Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde foram realizados alguns exames e foi confirmado que a paciente foi acometida pelo rinovírus. O rinovírus humano (HRV) é o mais comum entre os agentes virais associados a infecções no trato respiratório superior.
Em relação aos resultados dos exames processados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), os mesmos ficaram prontos e deram negativo para todas as doenças pesquisadas. A Funed processou nove exames, a saber: Infuenza A e B, Adenovírus, Bocavírus, metapneumovírus, parainfluenza 1, parainfluenza 2, parainfluenza 3 e vírus sincicial respiratório.
O que são os coronavírus:
- Os coronavírus são uma grande família de vírus que infectam principalmente animais
- Mas podem causar também infecções em seres humanos, com sintomas semelhantes aos resfriados ou gripes leves
- Pode levar a complicações respiratórias em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido
- As infecções geralmente não são diagnosticadas por serem benignas, e se espera a cura instantânea
- São transmitidos entre humanos por via aérea, contato com secreções ou objetos contaminados, principalmente no inverno
- Dois coronavírus causaram epidemias graves e possivelmente mortais em humanos
- A SARS, Síndrome Respiratória Aguda Grave foi responsável por uma epidemia mundial entre novembro de 2002 e julho de 2003
- E a MERS, Síndrome Respiratória do Oriente Médio, identificada pela primeira vez em 2012
- Em 2020 um novo coronavírus foi identificado na China
- Os principais sintomas são febre, tosse e dificuldade para respirar, além de dores no estômago
- As duas síndromes tiveram origem em morcegos, na época um animal intermediário
- No caso da SARS, a origem foi o gato de algália, consumido por humanos na China. No caso da MERS, um dromedário
- Ainda não existem medicamentos ou vacinas para combater esse vírus
Sintomas de infecção por coronavírus
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Casos graves
- Pneumonia
- Síndrome respiratório agudo severo
- Insuficiência renal