Jornal Estado de Minas

Dos 52 mortos pelas chuvas em Minas, 42 foram vítimas de soterramento

 

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) divulgou novo boletim sobre as vítimas da chuva das últimas semanas em Minas Gerais na noite desta terça-feira (28). Segundo o órgão, mais dois óbitos, em Divinópolis (Centro-Oeste) e Luisburgo (Zona da Mata), foram confirmados.






Com isso, o número de mortos pela chuva desde sexta-feira (24) aumentou para 52. No período chuvoso como um todo, isto é, desde outubro, 63 pessoas perderam a vida pela soma entre a força das águas e a falta de infraestrutura das cidades do estado.


Das 52 mortes desde a última semana, 42 foram por soterramento: resultado da sequência de dias com altas quantidades de precipitação, o que amplia o risco de acidentes geológicos. Outras oito pessoas morreram arrastadas pelas águas e duas por afogamento.


O número de afetados pelas precipitações recentes chega a 33.408 pessoas: 28.893 desalojados, 4.397 desabrigados, 65 feridos e uma pessoa desaparecida (em Conselheiro Lafaiete, Região Central), além dos 52 mortos.


A situação caótica que o estado enfrenta com as chuvas forçou o governo de Minas a decretar situação de emergência em 101 municípios. Outras 24 cidades tomaram a mesma medida, porém por conta própria. Mais três localidades – Orizânia (Zona da Mata), Ibirité (Grande BH) e Catas Altas (Central) – decretaram calamidade pública.


Os decretos facilitam a gestão pública dos municípios em três sentidos. Primeiro, eles podem receber recursos federais para reduzir os danos das chuvas. No domingo, a União informou que tinha R$ 90 milhões à disposição para os estados atingidos. 






Também podem receber doações e apoio de órgãos do estado, como a Defesa Civil e os bombeiros. Nesta terça, o governo antecipou uma verba de R$ 3,4 milhões para os municípios castigados pelas chuvas. 


Por último, as prefeituras podem realizar obras sem licitação, ou seja, pular etapas para reparar os danos mais rapidamente.