A Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou novo boletim da dengue nesta terça-feira (28) e mais uma vez os números da doença aumentaram significativamente em Minas Gerais na comparação com o levantamento anterior. Os casos prováveis, por exemplo, mais que dobraram e sofreram um salto de 2.246 para 4.671 – o que dá uma média de 180 diagnósticos suspeitos e confirmados por dia nos 853 municípios.
As mortes investigadas também aumentaram de três para quatro, devido a uma nova suspeita em Iturama, no Triângulo mineiro. As outras três mortes pela dengue ainda investigadas em Minas Gerais neste ano estão distribuídas em Medina (Vale do Jequitinhonha), Além Paraíba (Zona da Mata) e Campo Belo (Centro-Oeste).
Vale lembrar que nem todos os diagnósticos prováveis e mortes sob suspeição aconteceram no período de sete dias, mas sim que eles passaram a fazer parte do levantamento nesse intervalo de tempo.
Ao mesmo tempo, 11 cidades tem incidência muito alta da doença, isto é, mais de 500 casos por 100 mil habitantes. Dessas, apenas Campo Belo, no Centro-Oeste mineiro, não estava na lista da semana passada.
As outras são em incidência muito alta são Josenópolis (Norte), Bandeira (Vale do Jequitinhonha), Inhaúma (Central), Tocantins (Zona da Mata), São Pedro dos Ferros (Zona da Mata), São José da Varginha (Central), Tumiritinga (Vale do Rio Doce), Rodeiro (Zona da Mata), Pingo d'Água (Vale do Rio Doce) e Leme do Prado (Vale do Jequitinhonha).
Há, ainda, três cidades com incidência alta, 23 em média, 272 em baixa e 544 sem registro de caso provável.
Quadros graves e alarmantes
Outra informação trazida pelo levantamento da Saúde estadual diz respeito aos casos de dengue classificados como graves e como alarmantes em Minas Gerais.
Turmalina e Medina, ambas no Vale do Jequitinhonha, e Iturama, no Triângulo, abrigam os três pacientes com quadros clínicos graves.
Enquanto isso, sintomas alarmantes aparecem em 14 moradores do estado. Cinco deles, inclusive, vivem na Grande BH: quatro na capital mineira e outro em Nova Lima. Uberlândia e Uberaba, no Triângulo mineiro, são outras grandes cidades moradores nesta situação – dois e um, respectivamente.
No ano passado, Minas Gerais enfrentou uma epidemia da doença transmitida pelo Aedes aegypti. Foram 482.556 casos, o que deu mais de 50 diagnósticos por hora no estado – a segunda maior quantidade da década, perdendo apenas para 2016. Quanto aos óbitos, em 2019 foram confirmados 173 e 98 permanecem em investigação.
''Salto'' na febre chikungunya
O aumento substancial de casos prováveis não fica restrito à dengue. Na semana passada, a Saúde estadual informou que 44 pessoas tinham casos prováveis da febre chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No levantamento desta semana, o quadro subiu para 82, sendo um em gestante. Não houve mortes.
Outra enfermidade ligada ao inseto é o zika vírus. E, novamente, salto nos casos prováveis, que saíram de 11 para 34. São, até o momento, 11 casos prováveis da doença em Minas Gerais, sendo três em gestantes. No ano passado, foram 702.