Na Praça Marília de Dirceu, polo gastronômico de Belo Horizonte, na noite desta quarta-feira (29), as ruas estavam tomadas por caminhões, máquinas e homens trabalhando na retirada dos entulhos deixados pelo temporal que despencou sobre a área menos de 24 horas antes. A praça ficou praticamente destruída pelas chuvas da noite de terça (28).
Quanto ao funcionamento dos restaurantes, a praça estava semiaberta. Estabelecimentos como os restaurantes Lourdes, Olga Nur, Suchi Japa, a Casa do Porto, a Koctus Pizzaria e o Viva Açaí se mantiveram fechados.
A água invadiu casas como o Olga Nur na terça, quando os clientes assistiram aos seus carros serem arrastados pela enxurrada do lado de fora.
A Koctus Pizzaria, que não abre às terças, não tinha portanto clientes sendo atendidos no momento da chuva, mas o proprietário Ricardo Koctus, que também é músico do Pato Fu, conta que a água invadiu o estabelecimento com uma força incrível.
“Foi uma loucura, pois diversas casas da região ficaram alagadas, o que causou um prejuízo enorme aos proprietários. Somente amanhã (quinta, 30), quando voltar à pizzaria é que vou ter uma ideia exata de como a casa ficou e o que foi perdido”, disse.
Antônio de Lima Pereira, um dos proprietários do Salão Marília de Dirceu, diz nunca viu algo tão terrível naquele local. Enquanto finalizava a limpeza do local, ele contou que trabalhou desde a manhã. “Não consegui abrir o salão, que ficou inundado. Somente nesta quinta-feira é que teremos condições de atender os nossos clientes. Lembro-me que, por volta de 1987, houve algo parecido, com as águas arrancando o asfalto também.”
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O restaurante Tizé também manteve suas portas abertas na noite desta quarta, e por volta das 20h30 já contava com alguns clientes, tomando cervejas e comendo tira-gostos. O Glouton, do chef Léo Paixão, também manteve seu funcionamento normal.