Nesta sexta-feira (31), moradores da Região Oeste da capital foram até o Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), onde está temporariamente instalado o gabinete do prefeito Alexandre Kalil, para protestar e cobrar assistência por parte da prefeitura pelos estragos causados pelo temporal que atingiu Belo Horizonte nos últimos dias.
Os moradores que protestam são do Bairro Betânia e da região do Córrego do Cercadinho, que passa pelos Bairros Salgado Filho, Palmeiras e Havaí, todos na Região Oeste de BH. A comunidade se queixa sobre uma possível diferença de tratamento dado pela Prefeitura às regiões da cidade.
Um dos participantes do protesto, Flávio Moreno diz que os moradores ficaram indignados com o fato de a limpeza e reparação dos estragos causados pela chuva na Zona Sul da capital terem sido efetuados de maneira rápida enquanto na Região Oeste não houve assistência às famílias desabrigadas nem a realização de obras.
Como exemplo, Flávio Moreno relata que uma ponte, na Rua Amanda com Tereza Cristina, está interditada há dias e nada foi feito pela prefeitura. “O bloqueio impede que o ônibus passe e obriga os moradores a darem uma volta enorme”, detaca. Segundo ele, muitas pessoas perderam documentos durante o temporal e a comunidade solicita que haja ao menos a isenção da cobrança da segunda via.
Os representantes da comunidade chegaram ao COP, sem agendar horário, por volta das 11h. Uma comissão formada por cerca de 30 representantes do grupo foi atendida pelo secretário municipal de segurança e prevenção da prefeitura, Genilson Ribeiro. Durante a reunião, algumas das exigências feitas pelos moradores foram a presença de técnicos da prefeitura para cadastrar e levantar as necessidades de cada família; assistência imediata às famílias desabrigadas, com distribuição de lonas, roupas e alimentos e a realização urgente de obras de contenção nas margens em risco.
A prefeitura garantiu que as exigências serão atendidas e que equipes da Defesa Civil e da Assistência Urbana irão visitar as comunidades para atender as demandas urgentes.
Exigências da comunidade
1. Presença de técnicos da Prefeitura para cadastrar e levantar as necessidades reais de cada família
2- Assistência imediata às famílias desabrigadas com distribuição de lonas, roupas e alimentos.
3- transferência das famílias que estão em risco iminente para o bolsa aluguel.
4- Realização urgente de obras de contenção (gabião/ muro de arrimo) nas margens em risco.
5- Isenção do IPTU e outros impostos para atingidos pelas chuvas
6- Criação de um grupo/comissão com a participação dos moradores para tratar de forma estrutural o problema do rio (formas de contenção de encosta -obras/plantio-, transferência de famílias, educação ambiental
A prefeitura informou que a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), está fazendo um levantamento por regional para avaliar os serviços já feitos e os que estão a fazer para reparar os danos da chuva. O resultado será divulgado ainda nesta sexta-feira.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira