As máscaras nunca estiveram tão em alta, mas desta vez, por uma questão de saúde: na China, como forma de proteção contra o coronavírus, e em cidades mineiras, como Sabará e Raposos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que sofreram com as fortes chuvas de janeiro para evitar a poeira que sobe do solo cheio de lama. Mas qual o tipo mais indicado?
Freire explica que esse tipo de máscara é descartável, ou seja, tem tempo de validade. “Ela não pode ser reaproveitada e não é recomendada que se use por muito tempo, de acordo com a umidade do ar. Outro tipo de proteção está nas máscaras PFF1, PFF2 e PFF3. Esses acessórios têm um respirador maior e evitam grandes partículas de contaminação”
A máscara PFF1 é mais usada para evitar contaminação vindo de poeira, e a PFF2, por médicos, para evitar partículas vindas de pacientes infectados, como, por exemplo, tuberculose e coronavírus. Já a PFF3 é mais usada para profissionais da mineração, e esse acessório possui um filtro muito maior contra poeira e vapores”.
Proteção
Os últimos dias nas cidades da RMBH, especialmente nas banhadas pelo Rio das Velhas, têm sido de retirada de barro, limpeza das casas e muito trabalho nas ruas: centenas de pessoas fazem a faxina após as chuvas torrenciais de janeiro. Mas, com o sol aparecendo e o solo mais seco, sobe a poeira e, no meio, vem a ameaça de doenças. Para se proteger, operários, guardas municipais, controladores de trânsito e os moradores de Sabará estão usando máscaras, algumas especiais para as operações nas vias públicas, como as de segurança no trabalho.
Onde quer que se ande em Sabará, é possível ver alguém se protegendo com máscaras. Trabalhando como controladores de trânsito no Centro de Sabará, perto da passarela do Bairro Caieira, os funcionários terceirizados, Valdir Cândido e Cílio Ferreira, se garantiram com os acessórios. “A poeira está subindo, muito carro passando, então é bom ficar atento”, disse Cílio. Na entrada da cidade, os guardas municipais também estavam usando máscaras.
Sabará teve cerca de 30% do território atingido, com destaque para população ribeirinha e de encostas, já foram retiradas milhares de toneladas de lama e entulho das ruas. No total, há 130 desabrigados, acolhidos pelo município e 800 desalojados. Há vários postos de vacinação contra tétano, em especial para pessoas que tiveram cortes na pele e contato com a água imunda que subiu 5 metros em alguns pontos. Diante da situação, foram cancelados dois bailes populares pré-carnavalescos programados para os dias 2 e 9 de fevereiro. As autoridades deverão reduzir investimentos nos dias de carnaval, que recebe cerca de 40 mil pessoas.